Papa pede que luteranos e católicos reconheçam erros e peçam perdão
Malmö (Suécia), 31 out (EFE).- O papa Francisco fez nesta segunda-feira uma oração conjunta na Catedral de Lund como parte das comemoração dos 500 anos da Reforma Protestante e pediu a luteranos e católicos para que olhem para o passado, reconheçam seus erros e peçam perdão.
Francisco chegou à Suécia nesta manhã para participar dos atos comemorativos da divisão após o protesto de Martinho Lutero, em 1517, com a intenção de celebrar as cinco décadas de diálogo entre as duas Igrejas e lançar seu pedido de união dos cristãos.
"Não podemos nos resignar. Temos a oportunidade de reparar um momento crucial de nossa história, superando controvérsias e mal-entendidos que frequentemente impediram que compreendêssemos uns a outros", afirmou o pontífice na cerimônia.
E acrescentou: "Também devemos olhar com amor e honestidade a nosso passado, reconhecer o erro e pedir perdão: só Deus é o juiz".
Na Catedral Luterana de Lund, antigo edifício católico que desde a reforma na Dinamarca (1658) é patrimônio dos luteranos suecos, o papa, representantes de católicos e de luteranos leram alguns pedidos para a unidade dos cristãos em uma cerimônia que teve cânticos e leituras. Uma das leituras foi a da arcebispa dos luteranos suecos, Antje Jackelen, primeira mulher a ocupar este cargo e que se reuniu com Francisco em maio do ano passado, no Vaticano.
Depois foi a vez do papa falar. Ele pediu a ambas as Igrejas reconhecer que a divisão "se afastava da intuição originária do povo de Deus, que dificulta estar unido", e afirmou que foi "perpetuada historicamente por homens de poder deste mundo mais que pela vontade do povo".
Apesar de dizer que existe "vontade sincera das duas partes de professar e defender a verdadeira fé", ele reconheceu que tanto católicos quanto luteranos se fecharam "por temor ou preconceitos à fé que os demais professam com um sotaque e uma linguagem diferentes".
O papa, que quando era arcebispo de Buenos Aires celebrou vários encontros ecumênicos com ortodoxos e protestantes, defendeu que católicos e luteranos "começaram a caminhar juntos pela estrada da reconciliação" e admitiu que a Reforma feita por Lutero "contribuiu para dar maior centralidade à Sagrada Escritura na vida da Igreja".
Por sua vez, o secretário da Federação Luterana Mundial, Martin Junge pediu a unidade e o diálogo perante "tempos de grande fragmentação e marcada tendência ao conflito" nos quais "se impõem sectarismos, que levam indivíduos e comunidades à alienação sem possibilidade de se comunicar".
Francisco chegou à Suécia nesta manhã para participar dos atos comemorativos da divisão após o protesto de Martinho Lutero, em 1517, com a intenção de celebrar as cinco décadas de diálogo entre as duas Igrejas e lançar seu pedido de união dos cristãos.
"Não podemos nos resignar. Temos a oportunidade de reparar um momento crucial de nossa história, superando controvérsias e mal-entendidos que frequentemente impediram que compreendêssemos uns a outros", afirmou o pontífice na cerimônia.
E acrescentou: "Também devemos olhar com amor e honestidade a nosso passado, reconhecer o erro e pedir perdão: só Deus é o juiz".
Na Catedral Luterana de Lund, antigo edifício católico que desde a reforma na Dinamarca (1658) é patrimônio dos luteranos suecos, o papa, representantes de católicos e de luteranos leram alguns pedidos para a unidade dos cristãos em uma cerimônia que teve cânticos e leituras. Uma das leituras foi a da arcebispa dos luteranos suecos, Antje Jackelen, primeira mulher a ocupar este cargo e que se reuniu com Francisco em maio do ano passado, no Vaticano.
Depois foi a vez do papa falar. Ele pediu a ambas as Igrejas reconhecer que a divisão "se afastava da intuição originária do povo de Deus, que dificulta estar unido", e afirmou que foi "perpetuada historicamente por homens de poder deste mundo mais que pela vontade do povo".
Apesar de dizer que existe "vontade sincera das duas partes de professar e defender a verdadeira fé", ele reconheceu que tanto católicos quanto luteranos se fecharam "por temor ou preconceitos à fé que os demais professam com um sotaque e uma linguagem diferentes".
O papa, que quando era arcebispo de Buenos Aires celebrou vários encontros ecumênicos com ortodoxos e protestantes, defendeu que católicos e luteranos "começaram a caminhar juntos pela estrada da reconciliação" e admitiu que a Reforma feita por Lutero "contribuiu para dar maior centralidade à Sagrada Escritura na vida da Igreja".
Por sua vez, o secretário da Federação Luterana Mundial, Martin Junge pediu a unidade e o diálogo perante "tempos de grande fragmentação e marcada tendência ao conflito" nos quais "se impõem sectarismos, que levam indivíduos e comunidades à alienação sem possibilidade de se comunicar".
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