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Paraguai destaca integração regional em despedida de embaixador do Brasil

24/11/2016 18h44

Assunção, 24 nov (EFE).- O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, disse nesta quinta-feira que a relação entre Paraguai e Brasil é uma "apólice de seguro para a integração regional e sua projeção com a União Europeia", durante o ato de despedida do embaixador brasileiro José Felício, informou a Chancelaria do Paraguai.

Loizaga indicou que com Felício como representante diplomático brasileiro, que exerceu o cargo no Paraguai durante três anos, foram garantidos "a institucionalidade democrática, o respeito à soberania e a vigência dos direitos humanos em nossas nações".

Além disso, Loizaga também destacou as boas relações bilaterais entre os países e lembrou acordos pactuados neste período em temas como a integração física e logística, além de acordos de investimentos.

Nesse sentido, o chanceler paraguaio ressaltou o acordo binacional respectivo à represa hidrelétrica de Itaipu, sobre o Rio Paraná, da qual Paraguai e Brasil compartilham lucros e energia gerada.

Como despedida, Loizaga condecorou Felício com a Ordem Nacional do Mérito, no Grau de "Grande Cruz", pelo trabalho realizado no "fortalecimento contínuo dos laços que unem o Brasil com o Paraguai e o Paraguai com o Brasil".

Por sua vez, Felício destacou que a distinção recebida é "uma homenagem" ao Brasil, e afirmou que o país está presente no Paraguai em diferentes maneiras, seja nas empresas ou no campo, através de terras cultiváveis em mãos brasileiras.

"Mais de uma vez o presidente Horacio Cartes reconheceu a contribuição da comunidade brasileira e de brasiguaios, que ajudaram a transformar o Paraguai em um grande fornecedor mundial de alimentos", expressou Felício.

Paraguai e Brasil mantêm relações bilaterais fortalecidas pela grande comunidade brasileira no Paraguai, e vice-versa, além da gestão da hidrelétrica de Itaipu, a maior geradora de energia limpa e renovável do mundo.

O Brasil é o principal destino das exportações paraguaias e o principal fornecedor de produtos para o Paraguai, uma troca bilateral que em 2015 movimentou US$ 3,3 bilhões e que nos primeiros oito meses de 2016 girou em torno de US$ 2,1 bilhões, segundo a embaixada brasileira.