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Ruas de Havana vivem ambiente calmo horas depois da morte de Fidel Castro

26/11/2016 09h05

Havana, 26 nov (EFE).- As ruas de Havana mostram um absoluto ambiente de normalidade poucas horas depois do anúncio da morte do ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, aos 90 anos.

Como é habitual nas noite de sexta-feira e nos fins-de-semana, o emblemático Malecón é ponto de encontro de cubanos que lá vão para escutar música, passear ou simplesmente ver o mar. Durante a madrugada, como a reportagem da Agência Efe constatou, poucos pareciam saber da notícia.

O pronunciamento do presidente cubano, Raúl Castro, informando na rede de TV estatal sobre a morte de seu irmão Fidel aconteceu pouco antes da meia-noite, e muitos cubanos já tinham ido dormir. Além disso, aconteceu sem aviso prévio que prendesse a atenção do público, ao contrário de várias outras ocasiões relevantes, como no anúncio da normalização de relações diplomáticas com os Estados Unidos, em 17 de dezembro de 2014.

Os turistas que passeiam por Havana também não deram sinais de conhecer a notícia, e inclusive alguns jovens cubanos que estavam na rua, ao serem perguntados pela reportagem, reagiram com incredulidade e até pensaram que se tratava de uma piada.

Também era calmo o ambiente na icônica Praça da Revolução, embora o lugar estivesse fechado por ocasião dos ensaios para o desfile militar programado para 2 de dezembro por ocasião do 60º aniversário do desembarque do navio Granma que deu início à Revolução Cubana.

Fidel Castro faleceu na noite de sexta-feira em Havana, aos 90 anos, uma década após delegar o poder a seu irmão Raúl por motivos de saúde.

Por enquanto, o único detalhe divulgado sobre o sepultamento é que Fidel pediu que seu corpo fosse cremado. Nas próximas horas, espera-se que o governo cubano dê mais detalhes sobre o funeral.