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Ex-presidente israelense Moshe Katsav sai da prisão em liberdade condicional

21/12/2016 16h02

Jerusalém, 21 dez (EFE).- O ex-presidente de Israel Moshe Katsav saiu nesta quarta-feira da prisão em liberdade condicional após cumprir cinco dos sete anos anos de sua pena por estupro e assédio.

As primeiras imagens de Katsav em liberdade mostram o ex-presidente junto a sua mulher nas imediações do presídio.

A Procuradoria Geral do Estado de Israel solicitou no domingo passado uma prorrogação de uma semana antes de aplicar o indulto para dar a opção à partes de apresentar um recurso, mas hoje decidiu-se que não havia razões para adiar a libertação, informou o jornal "Haaretz".

Mesmo fora da prisão, o ex-presidente deve cumprir uma série de restrições que o impedem de conceder entrevistas aos meios de comunicação, viajar para fora do país nos próximos dois anos e sair de casa entre as dez da noite e as seis da manhã.

Katsav também não poderá trabalhar em um posto no qual tenha mulheres sob sua direção. Além disso, terá que seguir o plano da Autoridade de Reabilitação de Prisioneiros, que inclui assistir a lições diárias de Torá (livro sagrado do judaísmo), reuniões de grupo semanais de tratamento religioso e sessões com um terapeuta psicossocial, detalha o jornal "Yedioth Ahronoth".

Moshe Katsav, de 71 anos, foi preso em maio de 2011 após ser condenado por estupro, assédio e agressão, um dos maiores escândalos na história judicial e política de Israel, que o obrigou a deixar a presidência quatro anos antes do fim de seu mandato.

Katsav, que foi presidente entre 2000 e 2007, foi condenado por abusar, perseguir e estuprar várias funcionárias que trabalharam para ele desde sua época de ministro.

A comissão de indultos do Serviço Israelense de Prisões e do Poder Judiciário aceitou nesta semana o pedido de redução da pena de Katsav por "bom comportamento".

Antes, a Procuradoria israelense havia rejeitado outras duas apelações porque o ex-presidente nunca tinha pedido perdão a suas vítimas nem se mostrava arrependido de seus atos.

No entanto, a comissão acredita que a reflexão sobre os crimes que cometeu demonstram "maturidade" para deixá-lo em liberdade e trabalhando em sua reabilitação.