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SDF vão ignorar decisões de Astana por não terem sido convidadas a encontro

21/01/2017 14h46

Beirute, 21 jan (EFE).- As Forças Democráticas da Síria (SDF), uma aliança armada liderada pelas milícias curdas, advertiram neste sábado que não cumprirão as resoluções que forem adotadas na conferência de paz sobre a Síria em Astana por não terem sido convidadas.

"Nosso não convite nem participação na mesa de negociações é uma violação de nosso direito e de nossos sacrifícios, e por isso não cumpriremos as decisões da reunião", afirmou o Comando Geral das SDF em comunicado publicado no Facebook.

O agrupamento lamentou não ter sido chamado às conversas, apesar das vitórias que dizem ter conseguido contra os terroristas do grupo Estado Islâmico (EI). Destacou também os sacrifícios realizados por seus integrantes para "libertar todas as áreas do terrorismo e estabelecer a paz".

"Fomos excluídos e afastados de todas as reuniões mantidas até agora para conseguir uma solução à crise síria", queixou-se a aliança, formada por combatentes curdos, árabes, assírios e de outras minorias do norte da Síria, e recebe o respaldo dos Estados Unidos.

Atualmente, as SDF desenvolvem a campanha "Ira do Eufrates" contra o EI em seu bastião principal na Síria, a província de Al Raqqa, com a cobertura aérea dos aviões da coalizão internacional liderada por Washington.

Tanto o governo sírio quanto algumas das principais facções rebeldes anunciaram que participarão da reunião de Astana, cujo início está previsto para a próxima segunda-feira.

A realização da conferência está incluída no acordo de trégua na Síria, vigente desde 30 de dezembro e que foi obtida graças a um pacto entre Rússia, aliada do Executivo de Damasco, e Turquia, defensora da oposição.

Desde o final de agosto, tropas e carros de combate turcos lutam, junto com grupos insurgentes sírios, contra as SDF e o EI no norte da província de Aleppo.