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Senado dos EUA confirma Mike Pompeo como diretor da CIA

Congressista republicano Mike Pompeo, confirmado pelo Senado como diretor da CIA - Joe Raedle/Getty Images
Congressista republicano Mike Pompeo, confirmado pelo Senado como diretor da CIA Imagem: Joe Raedle/Getty Images

Em Washington

23/01/2017 23h21

O Senado dos Estados Unidos confirmou nesta segunda-feira (23) o congressista republicano pelo Kansas, Mike Pompeo, como diretor da Agência Nacional de Inteligência (CIA) no governo do presidente Donald Trump, como sucessor de John Brennan.

Pompeo será o encarregado de resolver os impasses entre o governo de Trump e a agência de inteligência, que nos últimos meses revelou uma suposta interferência da Rússia a favor do magnata republicano nas eleições americanas.

O parlamentar não encontrou muita oposição em seu processo de confirmação no Senado, diferente de outros indicados pelo presidente americano, que geraram dúvidas entre a própria bancada republicana.

Os republicanos do Senado esperavam votar a indicação de Pompeo na última sexta-feira, após a posse de Trump, mas os democratas conseguiram adiar a votação para abrir o debate.

Os senadores democratas Ron Wyden (Oregon), Richard Blumenthal (Connecticut) e Patrick Leahy (Vermont) foram contra, considerando uma "confirmação precipitada" e exigiram mais tempo para que a nomeação de Pompeo fosse "examinada, questionada e debatida", mas só adiada até hoje.

Pompeo assumirá o comando da CIA em um momento crítico para a segurança nacional dos EUA, quando a inteligência, tradicionalmente um tema não partidário, foi jogado na arena política com o aparecimento dos vazamentos russos.

O senador pelo estado de Vermont, Bernie Sanders, também se manifestou contra a indicação de Mike Pompeo, especialmente por apoiar as agências de espionagem dos EUA, sem preservar a privacidade dos cidadãos através de suas contas digitais.

Mike Pompeo será o responsável pela inteligência americana, no momento em que aumentam os problemas de segurança cibernética, a ambição nuclear da Coreia do Norte e a ameaça terrorista do Estado Islâmico (EI).