Presidente do Peru afirma que Odebrecht deve deixar o país após escândalo
Lima, 24 jan (EFE).- O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, afirmou nesta terça-feira que Odebrecht deve deixar o país após a revelação de que a construtora brasileira pagou propinas a funcionários do governo entre 2004 e 2015.
"Eles têm que ir embora, acabou", disse Kuczynski em entrevista à emissora "RPP Notícias", após destacar que, apesar de ser responsável por grandes obras, a Odebrecht "infelizmente tem esse defeito da corrupção".
Para o presidente, antes de vender sua participação nos diferentes projetos que executa no Peru, a Odebrecht primeiro deve chegar a um acordo com o Ministério Público, que investiga as denúncias de corrupção entre 2004 e 2015. Kuczynski chegou ao poder em 2016, substituindo Ollanta Humala.
Kuczkinski disse que a Odebrecht tem muito de seus grandes projetos no Peru e, no entanto, só recebeu uma "multinha" de US$ 10 milhões pela corrupção no país. E comparou a situação com os Estados Unidos, onde a empresa aceitou pagar "centenas de milhares de dólares" após um acordo com o Departamento de Justiça, apesar de não realizar grandes obras no território norte-americano.
"Que vergonha", afirmou Kuczynski.
O presidente do Peru disse que, para tentar uma compensação, ordenou a cobrança dos US$ 262 milhões de multa estabelecidos no contrato de concessão do Gasoduto Sul Peruano. O projeto tinha sido repassado a um consórcio liderado pela Odebrecht e que também tinha a participação da espanhola Enagás e da peruana Graña y Montero.
As três empresas não conseguiram o financiamento necessário para tocar as obras e anunciaram que devolveriam a concessão ao governo peruano na última sexta-feira. Ontem, o ministro de Energia e Minas, Gonzalo Tamayo, encerrou o contrato entre as partes.
"Com isso, protegeremos nossos interesses. De outra maneira, sabe-se lá onde iam parar os US$ 262 milhões, ficaríamos sem nada. Assim poderemos continuar a obra", ressaltou.
Em breve comunicado, a Odebrecht confirmou hoje a decisão do governo peruano de realizar o encerramento do contrato de concessão do Gasoduto Sul Peruano.
"A empresa seguirá dirigindo seus esforços, junto com as autoridades respectivas, para que tal processo se realize de forma adequada, respeitando o contrato assinado e mitigando os impactos para a macrorregião sul do país", completou a construtora.
Kuczynski também disse que o Peru tem "pouca experiência" para enfrentar grandes casos de corrupção internacional, apesar de ter considerado que as multas e as punições estão sob a responsabilidade do Ministério Público.
No Peru, a Odebrecht pagou US$ 29 milhões em propinas a funcionários públicos entre 2005 e 2015, período que compreende os governos de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016), segundo o acordo firmado pela empresa com o Departamento de Justiça dos EUA.
"Eles têm que ir embora, acabou", disse Kuczynski em entrevista à emissora "RPP Notícias", após destacar que, apesar de ser responsável por grandes obras, a Odebrecht "infelizmente tem esse defeito da corrupção".
Para o presidente, antes de vender sua participação nos diferentes projetos que executa no Peru, a Odebrecht primeiro deve chegar a um acordo com o Ministério Público, que investiga as denúncias de corrupção entre 2004 e 2015. Kuczynski chegou ao poder em 2016, substituindo Ollanta Humala.
Kuczkinski disse que a Odebrecht tem muito de seus grandes projetos no Peru e, no entanto, só recebeu uma "multinha" de US$ 10 milhões pela corrupção no país. E comparou a situação com os Estados Unidos, onde a empresa aceitou pagar "centenas de milhares de dólares" após um acordo com o Departamento de Justiça, apesar de não realizar grandes obras no território norte-americano.
"Que vergonha", afirmou Kuczynski.
O presidente do Peru disse que, para tentar uma compensação, ordenou a cobrança dos US$ 262 milhões de multa estabelecidos no contrato de concessão do Gasoduto Sul Peruano. O projeto tinha sido repassado a um consórcio liderado pela Odebrecht e que também tinha a participação da espanhola Enagás e da peruana Graña y Montero.
As três empresas não conseguiram o financiamento necessário para tocar as obras e anunciaram que devolveriam a concessão ao governo peruano na última sexta-feira. Ontem, o ministro de Energia e Minas, Gonzalo Tamayo, encerrou o contrato entre as partes.
"Com isso, protegeremos nossos interesses. De outra maneira, sabe-se lá onde iam parar os US$ 262 milhões, ficaríamos sem nada. Assim poderemos continuar a obra", ressaltou.
Em breve comunicado, a Odebrecht confirmou hoje a decisão do governo peruano de realizar o encerramento do contrato de concessão do Gasoduto Sul Peruano.
"A empresa seguirá dirigindo seus esforços, junto com as autoridades respectivas, para que tal processo se realize de forma adequada, respeitando o contrato assinado e mitigando os impactos para a macrorregião sul do país", completou a construtora.
Kuczynski também disse que o Peru tem "pouca experiência" para enfrentar grandes casos de corrupção internacional, apesar de ter considerado que as multas e as punições estão sob a responsabilidade do Ministério Público.
No Peru, a Odebrecht pagou US$ 29 milhões em propinas a funcionários públicos entre 2005 e 2015, período que compreende os governos de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016), segundo o acordo firmado pela empresa com o Departamento de Justiça dos EUA.
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