Ryan contradiz Trump e diz que não há evidência de fraude eleitoral nos EUA
(Atualiza com mais declarações)
Washington, 24 jan (EFE).- O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Paul Ryan, reiterou nesta terça-feira que não há evidências de fraude eleitoral durante as eleições de 2016, após o presidente do país, Donald Trump, ter voltado a afirmar que milhões de imigrantes ilegais votaram na candidata derrotada, a democrata Hillary Clinton.
As declarações do líder republicano ocorrem um dia depois de Trump ter afirmado a Ryan e outros líderes do Congresso, em reunião na Casa Branca, que perdeu no voto popular porque cinco milhões de "ilegais" votaram na ex-secretária de Estado.
"Não vi nenhuma evidência nesse sentido. Digo isso muito claramente", afirmou Ryan, reiterando sua posição sobre as alegações de Trump de que houve uma fraude eleitoral no país.
Trump venceu o pleito com 304 votos no colégio eleitoral contra 227 de Hillary, mas a ex-primeira-dama obteve quase 3 milhões de votos a mais que o republicano em todo o país.
"Além de vencer no Colégio Eleitoral por muito, ganhei no voto popular se subtraírem as milhões de pessoas que votaram ilegalmente", disse Trump pelo Twitter.
Apesar de várias comissões eleitorais e outros funcionários do governo terem reiterado que a informação não é verdadeira, o multimilionário segue semeando dúvidas sobre o pleito.
O senador republicano Lindsey Graham chegou a pedir que Trump deixe de insistir na fraude eleitoral. "Peço ao presidente: compartilhe conosco a informação que tem sobre isso ou deixe de dizê-la", indicou.
"De fato, gostaria que fizesse mais do que deixar de dizê-la, gostaria que (Trump) dissesse: 'Após analisar, tenho certeza que as eleições foram justas e as pessoas votaram legalmente", completou o senador.
Em meio a essas posições, outros integrantes do Partido Republicano, como o polêmico congressista Steve King e o senador Ted Cruz, apoiaram as alegações de Trump sobre a fraude eleitoral.
"Acho que a fraude eleitoral é um sério problema e os veículos de imprensa o ignoram de maneira diária", disse Cruz na saída de um comitê do Senado e em entrevista à imprensa.
Cruz, que enfrentou Trump pela indicação presidencial republicana, acusou o governo de Barack Obama de inventivar a fraude eleitoral em uma ação "corrupta" e "partidária" ao "perseguir" as autoridades locais.
Sob o comando de Obama, o Departamento de Justiça tentou garantir que todas as pessoas com direito a voto pudessem exercer esse direito nas eleições presidenciais e legislativas do dia 8 de novembro.
Para poder exercer o direito ao voto, os habitantes de vários estados, como Carolina do Norte e Virgínia, tiveram que apresentar um documento com foto, embora no país não haja um documento nacional de identidade e os cidadãos não sejam obrigados a ter essa identificação.
Esses estados aprovaram leis para exigir uma carteira após a Suprema Corte ter invalidado em 2013 uma seção da Lei do Direito ao Voto que obrigava os estados de "tradição conservadora" a receberem permissão do governo antes de realizarem modificações eleitorais. EFE
rg/vnm
Washington, 24 jan (EFE).- O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Paul Ryan, reiterou nesta terça-feira que não há evidências de fraude eleitoral durante as eleições de 2016, após o presidente do país, Donald Trump, ter voltado a afirmar que milhões de imigrantes ilegais votaram na candidata derrotada, a democrata Hillary Clinton.
As declarações do líder republicano ocorrem um dia depois de Trump ter afirmado a Ryan e outros líderes do Congresso, em reunião na Casa Branca, que perdeu no voto popular porque cinco milhões de "ilegais" votaram na ex-secretária de Estado.
"Não vi nenhuma evidência nesse sentido. Digo isso muito claramente", afirmou Ryan, reiterando sua posição sobre as alegações de Trump de que houve uma fraude eleitoral no país.
Trump venceu o pleito com 304 votos no colégio eleitoral contra 227 de Hillary, mas a ex-primeira-dama obteve quase 3 milhões de votos a mais que o republicano em todo o país.
"Além de vencer no Colégio Eleitoral por muito, ganhei no voto popular se subtraírem as milhões de pessoas que votaram ilegalmente", disse Trump pelo Twitter.
Apesar de várias comissões eleitorais e outros funcionários do governo terem reiterado que a informação não é verdadeira, o multimilionário segue semeando dúvidas sobre o pleito.
O senador republicano Lindsey Graham chegou a pedir que Trump deixe de insistir na fraude eleitoral. "Peço ao presidente: compartilhe conosco a informação que tem sobre isso ou deixe de dizê-la", indicou.
"De fato, gostaria que fizesse mais do que deixar de dizê-la, gostaria que (Trump) dissesse: 'Após analisar, tenho certeza que as eleições foram justas e as pessoas votaram legalmente", completou o senador.
Em meio a essas posições, outros integrantes do Partido Republicano, como o polêmico congressista Steve King e o senador Ted Cruz, apoiaram as alegações de Trump sobre a fraude eleitoral.
"Acho que a fraude eleitoral é um sério problema e os veículos de imprensa o ignoram de maneira diária", disse Cruz na saída de um comitê do Senado e em entrevista à imprensa.
Cruz, que enfrentou Trump pela indicação presidencial republicana, acusou o governo de Barack Obama de inventivar a fraude eleitoral em uma ação "corrupta" e "partidária" ao "perseguir" as autoridades locais.
Sob o comando de Obama, o Departamento de Justiça tentou garantir que todas as pessoas com direito a voto pudessem exercer esse direito nas eleições presidenciais e legislativas do dia 8 de novembro.
Para poder exercer o direito ao voto, os habitantes de vários estados, como Carolina do Norte e Virgínia, tiveram que apresentar um documento com foto, embora no país não haja um documento nacional de identidade e os cidadãos não sejam obrigados a ter essa identificação.
Esses estados aprovaram leis para exigir uma carteira após a Suprema Corte ter invalidado em 2013 uma seção da Lei do Direito ao Voto que obrigava os estados de "tradição conservadora" a receberem permissão do governo antes de realizarem modificações eleitorais. EFE
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