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Trump dá sinal verde para construção de 2 polêmicos oleodutos

5.dez.2016 - Veteranos e ativistas marcham contra o oleoduto Dakota Access, próximo a reserva indígena em North Dakota (EUA) - Lucas Jackson/Reuters
5.dez.2016 - Veteranos e ativistas marcham contra o oleoduto Dakota Access, próximo a reserva indígena em North Dakota (EUA) Imagem: Lucas Jackson/Reuters

Em Washington

24/01/2017 15h39

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump assinou nesta terça-feira (24) dois decretos executivos para ressuscitar os polêmicos projetos dos oleodutos Keystone XL e Dakota Access, cumprindo desta forma duas de suas promessas de campanha, apesar das críticas de grupos ambientalistas.

Em um pronunciamento no Salão Oval da Casa Branca, Trump garantiu que a construção destes projetos, paralisados pelo governo de Barack Obama, estará sujeita a "termos e condições" que sua administração vai "negociar" com as empresas responsáveis por construí-los.

"Isto vai gerar muitos trabalhos no setor da construção", argumentou o novo presidente americano.

O oleoduto Keystone SL, da canadense TransCanada, foi vetado por Obama em 2015 e tinha como objetivo transportar 830 mil barris diários de petróleo cru sintético e betuminoso diluído da província canadense de Alberta a diferentes lugares dos EUA, incluindo refinarias do Texas no Golfo do México.

Por sua vez, o Dakota Access, um projeto de US$ 3,8 bilhões, levaria 500 mil barris de petróleo das jazidas betuminosas de Dakota do Norte a uma infraestrutura já existente em Illinois.

Ambos os projetos enfrentaram muita resistência de grupos ambientalistas devido ao poder contaminante do petróleo procedente das areias betuminosas, cuja produção emite 17% mais gases do efeito estufa que a extração convencional de petróleo.

O segundo deles, além disso, gerou um forte protesto da tribo indígena Standing Rock, para a qual o Dakota Access jogará a perder terras que consideram sagradas e poluirá as águas do rio Missouri, das quais seu modo de vida depende.

Trump assinou ainda outro decreto executivo que estabelece que a tubulação necessária para construir estes oleodutos "deve ser fabricada nos Estados Unidos", alegando que muitas delas são produzidas em outros países".

"Vamos construir nossas próprias tubulações, como costumávamos fazer em outros tempos", sentenciou.