Ataque de grupo terrorista em hotel da Somália deixa pelo menos 22 mortos
Muktar Abdi.
Mogadíscio, 25 jan (EFE).- Pelo menos 22 pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas nesta quarta-feira em um ataque reivindicado pelo grupo jihadista Al Shabab no Hotel Dayah, em Mogadíscio, capital da Somália, onde os terroristas detonaram duas bombas no meio dos hóspedes, a maioria políticos, conforme fontes médicas.
O ataque começou no início da manhã com a explosão de um carro-bomba na porta do hotel, facilitando a entrada de quatro terroristas armados. Enquanto disparavam indiscriminadamente, uma segunda bomba foi detonada nas imediações do prédio, causando um elevado número de vítimas, entre elas vários jornalistas que tinham ido cobrir a ação.
De acordo com o novo porta-voz do parlamento somali, Mohamed Osman Jawari, a Polícia matou quatro terroristas, em uma operação que custou a vida de três agentes. Fontes médicas informaram à Agência Efe que o ataque tinha matado 22 pessoas, número que pode aumentar nas próximas horas por conta da gravidade de alguns feridos hospitalizados.
No momento do ataque, o hotel recebia uma reunião de representantes da Assembleia Nacional, imersa no processo eleitoral que deve terminar com a designação do presidente do país, segundo fontes do governo.
Depois do ataque, um dos parlamentares que estava no local conversou com a Efe. Ele contou que seus colegas e demais hóspedes tentaram se esconder para se salvar dos disparos. Fotos feitas por testemunhas e divulgadas nas redes sociais mostravam uma grande coluna de fumaça provocada pelas duas explosões e os graves danos causados no edifício.
A Missão da ONU na Somália condenou "veementemente" o atentado através de um comunicado e advertiu que "extremistas violentos nunca triunfarão na Somália".
O Al Shabab, filial da Al Qaeda no país, fez nos últimos meses vários atentados na capital do país que causaram a morte de dezenas de civis. A milícia radical cumpre sua ameaça de intensificar as ações durante o processo eleitoral para renovar o parlamento e designar, através de voto indireto, o próximo presidente.
A eleição presidencial estava prevista para agosto do ano passado, mas desde então foi adiada cinco vezes e ainda não tem data definitiva por causa de supostos "problemas logísticos". Segundo vários organismos internacionais, as verdadeiras razões são disputas internas entre clãs pelas cotas de poder e, especialmente, a corrupção, como denunciou a União Europeia.
Um dos atentados mais graves aconteceu em 11 de dezembro do ano passado, quando 32 pessoas morreram na explosão de um carro-bomba em um porto da capital.
Nos últimos meses, os terroristas optaram por uma estratégia de confronto direto e lançaram vários ataques contra bases militares da missão da União Africana na Somália (AMISOM) matando centenas de soldados.
Segundo um recente relatório da ONU, o Al Shabab continua com capacidade para efetuar grandes ações tanto dentro quanto fora da Somália e a segurança no país africano "não melhorou".
A milícia radical tenta instaurar um Estado islâmico de linha wahhabista na Somália, onde controla grandes partes do território no sul e no centro.
Mogadíscio, 25 jan (EFE).- Pelo menos 22 pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas nesta quarta-feira em um ataque reivindicado pelo grupo jihadista Al Shabab no Hotel Dayah, em Mogadíscio, capital da Somália, onde os terroristas detonaram duas bombas no meio dos hóspedes, a maioria políticos, conforme fontes médicas.
O ataque começou no início da manhã com a explosão de um carro-bomba na porta do hotel, facilitando a entrada de quatro terroristas armados. Enquanto disparavam indiscriminadamente, uma segunda bomba foi detonada nas imediações do prédio, causando um elevado número de vítimas, entre elas vários jornalistas que tinham ido cobrir a ação.
De acordo com o novo porta-voz do parlamento somali, Mohamed Osman Jawari, a Polícia matou quatro terroristas, em uma operação que custou a vida de três agentes. Fontes médicas informaram à Agência Efe que o ataque tinha matado 22 pessoas, número que pode aumentar nas próximas horas por conta da gravidade de alguns feridos hospitalizados.
No momento do ataque, o hotel recebia uma reunião de representantes da Assembleia Nacional, imersa no processo eleitoral que deve terminar com a designação do presidente do país, segundo fontes do governo.
Depois do ataque, um dos parlamentares que estava no local conversou com a Efe. Ele contou que seus colegas e demais hóspedes tentaram se esconder para se salvar dos disparos. Fotos feitas por testemunhas e divulgadas nas redes sociais mostravam uma grande coluna de fumaça provocada pelas duas explosões e os graves danos causados no edifício.
A Missão da ONU na Somália condenou "veementemente" o atentado através de um comunicado e advertiu que "extremistas violentos nunca triunfarão na Somália".
O Al Shabab, filial da Al Qaeda no país, fez nos últimos meses vários atentados na capital do país que causaram a morte de dezenas de civis. A milícia radical cumpre sua ameaça de intensificar as ações durante o processo eleitoral para renovar o parlamento e designar, através de voto indireto, o próximo presidente.
A eleição presidencial estava prevista para agosto do ano passado, mas desde então foi adiada cinco vezes e ainda não tem data definitiva por causa de supostos "problemas logísticos". Segundo vários organismos internacionais, as verdadeiras razões são disputas internas entre clãs pelas cotas de poder e, especialmente, a corrupção, como denunciou a União Europeia.
Um dos atentados mais graves aconteceu em 11 de dezembro do ano passado, quando 32 pessoas morreram na explosão de um carro-bomba em um porto da capital.
Nos últimos meses, os terroristas optaram por uma estratégia de confronto direto e lançaram vários ataques contra bases militares da missão da União Africana na Somália (AMISOM) matando centenas de soldados.
Segundo um recente relatório da ONU, o Al Shabab continua com capacidade para efetuar grandes ações tanto dentro quanto fora da Somália e a segurança no país africano "não melhorou".
A milícia radical tenta instaurar um Estado islâmico de linha wahhabista na Somália, onde controla grandes partes do território no sul e no centro.
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