Democratas dizem que Trump tenta distrair com acusações de fraude eleitoral

Washington, 25 jan (EFE).- O Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) afirmou nesta quarta-feira que as acusações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a existência de fraude nas eleições presidenciais são apenas uma manobra de distração para que não se fale da ingerência russa nos pleitos.

"Todo mundo sabe que não houve fraude eleitoral", garantiu o DNC (secretariado do partido) em comunicado.

"Não pode deixar de lado sua fantasia de fraude eleitoral, tanto porque não pode suportar a ideia que mais milhões de americanos votaram em Hillary Clinton como porque quer encobrir o verdadeiro crime: os esforços da Rússia para ajudá-lo a ganhar", reiterou o DNC.

Trump anunciou hoje em uma série de posts no Twitter que pedirá uma "grande investigação sobre a fraude eleitoral" e que "fortaleceria os procedimentos de votação" em função dos resultados desta apuração.

"Enquanto está jogando fora dinheiro dos contribuintes buscando milhões de eleitores fantasmas, Trump poderia investigar o paradeiro do Pé Grande ou o do Monstro do Lago Ness", ironizaram os democratas.

"Se está interessado em fazer seu novo trabalho como nosso presidente, deve proteger a nossa nação mediante a cooperação com o Congresso e as investigações da comunidade de inteligência sobre o ataque da Rússia a nossas eleições", acrescentaram os democratas.

Trump disse, durante uma reunião na Casa Branca com líderes do Congresso no início desta semana, que perdeu na votação popular porque entre três milhões e cinco milhões de eleitores "ilegais" votaram em Hillary Clinton, sua rival democrata.

Hillary ganhou na votação popular por mais de 2,8 milhões de votos, mas Trump venceu no sistema do Colégio Eleitoral, no qual cada estado possui um número de delegados com direito a voto de acordo com seu peso demográfico e equivalente a seus representantes no Congresso.