Mulher de Fillon recebeu 500 mil euros como funcionária fanstama do marido
(Atualiza com declarações de Fillon).
Paris, 25 jan (EFE).- A mulher de François Fillon, ex-primeiro-ministro conservador e favorito para a vencer as eleições presidenciais de maio na França, teve durante oito anos um emprego fantasma de assistente parlamentar do próprio marido e embolsou 500 mil euros dos cofres públicos sem trabalhar, denunciou nesta quarta-feira o jornal "Le Canard Enchaîné"
Penelope Fillon foi contratada entre 1998 e 2002 como colaboradora do marido, na época deputado, mas não tinha nenhuma função na Assembleia Nacional, de acordo com o jornal. O salário da esposa do candidato pelo partido Os Republicanos, liderado pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy, foi de 3,9 mil euros até 2001. No ano seguinte, o valor subiu para 4,6 mil
Na França, os parlamentares têm uma cota de mais de 9 mil euros para contratar até cinco pessoas como existentes. Empregar familiares não é ilegal no país.
Em maio de 2002, quando Jacques Chirac assumiu a presidência, Fillon foi nomeado ministro de Assuntos Especiais. Penelope foi mais uma vez contratada na Assembleia Nacional, desta vez pelo deputado que assumiu a cadeira do novo ministro, Marc Joulaud.
O contrato, em período integral, rendeu a Penelope 6,9 mil euros por mês até 2006, quando o valor foi reajustado para 7,9 mil. O "Le Canard Enchaîné" afirmou que na época a esposa de Fillon atuava como dona de casa e não aparecia na sede do Legislativo para trabalhar.
A missão de Penelope com Joulaud terminou quando Fillon foi nomeado primeiro-ministro em maio de 2007 por Sarkozy.
Em 2012, quando o atual presidente do país, François Hollande, chegou ao poder, Fillon deixou o governo e venceu mais uma vez a eleição para deputado. Penelope também voltou à Assembleia Nacional como assistente do ex-premiê recebendo 4,6 mil euros por mês.
Penelope também atuou, entre 2012 e 2013, na revista mensal "Revue dês deux limpes", do empresário Marc Ladreit de Lacharrière, amigo de Fillon. Pelo trabalho, ela recebeu 100 mil euros, de acordo com o "Le Canard Enchaîné" sem que o diretor da publicação chegasse a conhecê-la.
Durante uma viagem a Bordeaux, no sudoeste da França, Fillon disse estar "escandalizado" com a publicação da denúncia e acusou o semanário de querer prejudicá-lo politicamente.
"Como é que minha esposa não tem direito a trabalhar?", questionou retoricamente o ex-primeiro-ministro, antes de citar os comentários satíricos do Le Canard Enchaîné sobre Penelope, que foi descrita como uma "dona de casa exemplar", "conhecida por seus talentos como jurada nos concursos de tortas de pera" e pela "assiduidade na missa".
O líder das pesquisas para ocupar o Palácio do Eliseu a partir de maio questionou o tom irônico e destacou que "todas as feministas gritariam" se um político dissesse isso de uma mulher.
"Foi aberta a sequência das bombas fétidas", concluiu.
Em uma primeira reação à denúncia, o deputado Philippe Vigier, porta-voz de Fillon, reiterou que a contratação de um familiar por um parlamentar não é algo considerado ilegal no país. Além disso, ele lembrou que 10% dos deputados têm parentes como assistentes e que o contrato de Penelope foi verificado pela assembleia.
Para Vigier, a denúncia é uma "bomba fétida" para atrapalhar a candidatura de Fillon à presidência.
Paris, 25 jan (EFE).- A mulher de François Fillon, ex-primeiro-ministro conservador e favorito para a vencer as eleições presidenciais de maio na França, teve durante oito anos um emprego fantasma de assistente parlamentar do próprio marido e embolsou 500 mil euros dos cofres públicos sem trabalhar, denunciou nesta quarta-feira o jornal "Le Canard Enchaîné"
Penelope Fillon foi contratada entre 1998 e 2002 como colaboradora do marido, na época deputado, mas não tinha nenhuma função na Assembleia Nacional, de acordo com o jornal. O salário da esposa do candidato pelo partido Os Republicanos, liderado pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy, foi de 3,9 mil euros até 2001. No ano seguinte, o valor subiu para 4,6 mil
Na França, os parlamentares têm uma cota de mais de 9 mil euros para contratar até cinco pessoas como existentes. Empregar familiares não é ilegal no país.
Em maio de 2002, quando Jacques Chirac assumiu a presidência, Fillon foi nomeado ministro de Assuntos Especiais. Penelope foi mais uma vez contratada na Assembleia Nacional, desta vez pelo deputado que assumiu a cadeira do novo ministro, Marc Joulaud.
O contrato, em período integral, rendeu a Penelope 6,9 mil euros por mês até 2006, quando o valor foi reajustado para 7,9 mil. O "Le Canard Enchaîné" afirmou que na época a esposa de Fillon atuava como dona de casa e não aparecia na sede do Legislativo para trabalhar.
A missão de Penelope com Joulaud terminou quando Fillon foi nomeado primeiro-ministro em maio de 2007 por Sarkozy.
Em 2012, quando o atual presidente do país, François Hollande, chegou ao poder, Fillon deixou o governo e venceu mais uma vez a eleição para deputado. Penelope também voltou à Assembleia Nacional como assistente do ex-premiê recebendo 4,6 mil euros por mês.
Penelope também atuou, entre 2012 e 2013, na revista mensal "Revue dês deux limpes", do empresário Marc Ladreit de Lacharrière, amigo de Fillon. Pelo trabalho, ela recebeu 100 mil euros, de acordo com o "Le Canard Enchaîné" sem que o diretor da publicação chegasse a conhecê-la.
Durante uma viagem a Bordeaux, no sudoeste da França, Fillon disse estar "escandalizado" com a publicação da denúncia e acusou o semanário de querer prejudicá-lo politicamente.
"Como é que minha esposa não tem direito a trabalhar?", questionou retoricamente o ex-primeiro-ministro, antes de citar os comentários satíricos do Le Canard Enchaîné sobre Penelope, que foi descrita como uma "dona de casa exemplar", "conhecida por seus talentos como jurada nos concursos de tortas de pera" e pela "assiduidade na missa".
O líder das pesquisas para ocupar o Palácio do Eliseu a partir de maio questionou o tom irônico e destacou que "todas as feministas gritariam" se um político dissesse isso de uma mulher.
"Foi aberta a sequência das bombas fétidas", concluiu.
Em uma primeira reação à denúncia, o deputado Philippe Vigier, porta-voz de Fillon, reiterou que a contratação de um familiar por um parlamentar não é algo considerado ilegal no país. Além disso, ele lembrou que 10% dos deputados têm parentes como assistentes e que o contrato de Penelope foi verificado pela assembleia.
Para Vigier, a denúncia é uma "bomba fétida" para atrapalhar a candidatura de Fillon à presidência.
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