Na Espanha, Dilma diz temer "golpe dentro do golpe" para prejudicar Lula
Sevilha (Espanha), 24 jan (EFE).- A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira, em um seminário na Espanha, que teme um "golpe dentro do golpe" no Brasil, cujo objetivo seria "inviabilizar" as eleições de 2018 e impedir a possível vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.
Dilma expressou este temor durante a conferência intitulada "O ataque à democracia no Brasil e na América Latina", dentro do seminário "Capitalismo neoliberal, democracia restante", realizado em Sevilha, no qual dissertou sobre os eventos que rodearam sua saída do governo, que qualificou de "golpe político e parlamentar".
"Acredito que é possível um golpe dentro do golpe para inviabilizar as eleições democráticas de 2018. Não podemos estar de acordo", advertiu.
A ex-presidente sustentou que o Brasil precisa de um pacto desde a base, com "todos participando" democrática e eleitoralmente para que o próximo presidente seja legítimo. "Porque o de agora não é", disparou.
Dilma se mostrou convencida que, se finalmente Lula concorrer às eleições como ela deseja, o ex-presidente tem "muitas chances" de ser eleito, embora tenha ressaltado que seu padrinho político é um "grande perigo para os golpistas" pelas conquistas alcançadas e o reconhecimento de "grande parte" da população.
"Tentaram destrui-lo de todas as formas, mas ele segue firme. Há um grande risco que tentem invalidar as eleições", ressaltou.
Dilma foi afastada de seu cargo em maio do ano passado e destituída pelo Senado no dia 31 de agosto acusada de irregularidades fiscais.
Segundo a ex-presidente, seu processo de destituição se deveu à coincidência de interesses "ocultos" da direita, de grupos ultraconservadores e da oligarquia econômica, aos quais acusou de utilizar supostos casos de corrupção em uma estratégia para "destruir opositores e empresas".
"Estão utilizando a justiça como arma política contra adversários, o que interferiu na normalidade democrática", denunciou Dilma, que considera que a direita "demoniza" o PT e que o "julgamento político" que a tirou da presidência é um "ataque aberto" à democracia.
Além disso, destacou que a pretensão dos "golpistas" era "destruir" o estado de inclusão social e de distribuição de renda promovido por seu governo, assim como a soberania do país "aproveitando" a crise econômica.
"Esta situação vai para a conta dos necessitados do Estado", declarou a ex-presidente, que criticou também as "fortes pressões" aos direitos democráticos provocadas pelo "Brexit" e as políticas do presidente americano, Donald Trump, com suas "medidas excepcionais". EFE
nac/rsd
(foto)
Dilma expressou este temor durante a conferência intitulada "O ataque à democracia no Brasil e na América Latina", dentro do seminário "Capitalismo neoliberal, democracia restante", realizado em Sevilha, no qual dissertou sobre os eventos que rodearam sua saída do governo, que qualificou de "golpe político e parlamentar".
"Acredito que é possível um golpe dentro do golpe para inviabilizar as eleições democráticas de 2018. Não podemos estar de acordo", advertiu.
A ex-presidente sustentou que o Brasil precisa de um pacto desde a base, com "todos participando" democrática e eleitoralmente para que o próximo presidente seja legítimo. "Porque o de agora não é", disparou.
Dilma se mostrou convencida que, se finalmente Lula concorrer às eleições como ela deseja, o ex-presidente tem "muitas chances" de ser eleito, embora tenha ressaltado que seu padrinho político é um "grande perigo para os golpistas" pelas conquistas alcançadas e o reconhecimento de "grande parte" da população.
"Tentaram destrui-lo de todas as formas, mas ele segue firme. Há um grande risco que tentem invalidar as eleições", ressaltou.
Dilma foi afastada de seu cargo em maio do ano passado e destituída pelo Senado no dia 31 de agosto acusada de irregularidades fiscais.
Segundo a ex-presidente, seu processo de destituição se deveu à coincidência de interesses "ocultos" da direita, de grupos ultraconservadores e da oligarquia econômica, aos quais acusou de utilizar supostos casos de corrupção em uma estratégia para "destruir opositores e empresas".
"Estão utilizando a justiça como arma política contra adversários, o que interferiu na normalidade democrática", denunciou Dilma, que considera que a direita "demoniza" o PT e que o "julgamento político" que a tirou da presidência é um "ataque aberto" à democracia.
Além disso, destacou que a pretensão dos "golpistas" era "destruir" o estado de inclusão social e de distribuição de renda promovido por seu governo, assim como a soberania do país "aproveitando" a crise econômica.
"Esta situação vai para a conta dos necessitados do Estado", declarou a ex-presidente, que criticou também as "fortes pressões" aos direitos democráticos provocadas pelo "Brexit" e as políticas do presidente americano, Donald Trump, com suas "medidas excepcionais". EFE
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