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Novo IRA assume autoria por tentativa de homicídio de um policial em Belfast

25/01/2017 12h41

Dublin, 25 jan (EFE).- Um grupo dissidente do já inativo Exército Republicano Irlandês (IRA), autodenominado Novo IRA, assumiu nesta quarta-feira a autoria da tentativa de assassinato de um policial ocorrida no último domingo em Belfast.

O agente do Serviço de Polícia da Irlanda do Norte (PSNI) ficou ferido após receber três tiros no braço. Ele estava com um companheiro em um posto de gasolina quando homens com armas automáticas passaram em um veículo atirando.

A PSNI mantém um suspeito detido por envolvimento no ataque. O agente continua no hospital após ter passado por uma operação emergencial, mas não corre risco de morrer.

Em uma mensagem enviada hoje ao jornal "The Irish News", o Novo IRA indicou que o objetivo do ataque era matar os dois agentes.

O incidente ocorreu poucos dias depois da renúncia do vice-ministro principal da Irlanda do Norte e ex-líder do Partido Sinn Féin, Martin McGuinness, em protesto pela gestão de um escândalo financeiro.

Sua saída do governo de poder compartilhado entre protestantes e católicos provocou o colapso do Executivo autônomo e obrigou a convocação de eleições antecipadas para o próximo dia 2 de março.

Segundo o "The Irish News", o Novo IRA explicou que a ação não tem relação com a crise política, mas se trata de uma "continuação das atividades" do grupo.

Três grupos terroristas de oposição ao processo de paz na Irlanda anunciaram em julho de 2012 que tinham unido forças para seguir com a luta armada e seguir o processo independentista do braço paramilitar do Sinn Féin, comandado durante décadas por Gerry Adams e McGuinness, também conhecido como IRA Provisório.

A nova organização terrorista afirmou na época que tinha criado uma "estrutura unificada sob um só comando" para completar a missão histórica do Exército Republicano Irlandês: a unificação da Irlanda.

Desde a sua formação, o Novo IRA realizou várias ações terroristas, entre elas os assassinatos de funcionários da prisão David Black, em 2012, e Adrian Ismay, em 2016.