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Vinculados a subornos da Odebrecht apresentam recursos no Supremo do Panamá

25/01/2017 21h59

Cidade do Panamá, 25 jan (EFE).- Advogados de nove pessoas citadas no caso dos subornos da Odebrecht no Panamá, entre eles dois filhos e o irmão do ex-presidente Ricardo Martinelli (2009-2014), apresentaram nesta quarta-feira no Supremo Tribunal do país recursos de habeas corpus para evitar sua detenção.

Os recursos foram apresentados pelos advogados de Ricardo Alberto Martinelli e Luis Enrique Martinelli Linares e Mario Martinelli, filhos e irmão, respectivamente, do ex-governante panamenho.

Os defensores de Guillermo Saéz Llorenz e de Federico José Suárez, que foram o diretor da Caixa do Seguro Social (CSS) e ministro de Obras Públicas durante o governo de Martinelli, também apresentaram recursos de habeas corpus.

A mesma medida foi tomada pelos advogados de Ana Isabel Suárez Cedeño, Nitzela Bonilla Pérez, Ricardo Francolini e Evelyn Vargas, de acordo com a informação judicial.

A procuradoria anticorrupção do Panamá emitiu na terça-feira uma ordem de condução para nove pessoas contra as quais foram formuladas acusações de lavagem de capitais por sua suposta vinculação com o caso dos subornos pagos pela Odebrecht no Panamá.

No total são 17 indiciados por lavagem de capitais pelo caso dos subornos com base em uma investigação que envolve as autoridades do Panamá e da Suíça, segundo disse na terça-feira a procuradora-geral, Kenia Porcell.

Os primeiros documentos deste caso que foram publicados, pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, indicam que dos US$ 788 milhões que a Odebrecht pagou em comissões em 12 países, US$ 59 milhões foram para as mãos de ex-funcionários públicos panamenhos e US$ 6 milhões para familiares de um alto cargo não identificado, entre 2009 e 2014.