De bilionário a foragido, Eike Batista entra no olho do furacão Lava Jato
Rio de Janeiro, 26 jan (EFE).- O empresário Eike Batista, que chegou a se orgulhar de ser o homem mais rico do país, é desde a manhã desta quinta-feira um foragido da Justiça, acusado de pagar comissões ilegais no valor de US$ 16,5 milhões ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
Segundo revelaram hoje funcionários da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, Eike teria entregado o dinheiro a Cabral, preso desde novembro do ano passado, por meio de um contrato fictício que simulou a compra de uma mina de ouro.
A polícia realizou buscas na residência do empresário no Rio de Janeiro na manhã de hoje, mas não o encontrou e investiga agora para confirmar a informação de seus advogados de que viajou há dois dias aos Estados Unidos utilizando um passaporte alemão que conseguiu por sua mãe ter essa nacionalidade.
Segundo o procurador Leonardo Freitas, a investigação mostrou que Cabral "montou uma organização criminosa" em 2002, quando era deputado estadual, e que cresceu entre 2007 e 2014, enquanto era governador do estado.
Segundo a polícia, Cabral chegou a somar US$ 100 milhões de origem ilegal que ocultou em contas abertas em bancos do exterior.
Considerado há alguns anos dono da oitava maior fortuna do mundo, Eike acumulou uma riqueza calculada em US$ 30 bilhões através de empresas dos mais diversos setores aproveitando a alta do preço do petróleo e das matérias-primas.
Filho de Eliezer Batista, ex-ministro das Minas e Energia e ex-presidente da antiga estatal Vale do Rio Doce, privatizada em 1998, o empresário costumava ostentar sua riqueza e se exibir com celebridades e a cúpula do poder.
No entanto, caiu em desgraça com a crise do petróleo e o fracasso de arriscados negócios que o obrigaram a vender e a fechar a maioria de suas empresas.
Eike se desfez inclusive do Lamborghini Aventador LP700-4 que tinha como objeto decorativo na enorme sala de sua casa no Rio e que vendeu por US$ 1 milhão.
No ano passado rompeu uma prolongado silêncio para colaborar com a Justiça nas investigações sobre os desvios na Petrobras, quando admitiu que realizou "doações" sem declarar a campanhas políticas com fundos procedentes de comissões ilegais pela adjudicação de contratos com empresas públicas.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, as "doações" de Eike beneficiaram 13 partidos e chegaram a R$ 12,6 milhões.
Considerado foragido pela Justiça, o empresário, de 60 anos, pretende retornar ao Brasil e se entregar, segundo seus advogados, que não estabeleceram a possível data de seu retorno.
Na operação de hoje, batizada como "Eficiência" e parte da Lava Jato, foram detidas outras quatro pessoas, entre elas Flavio Godinho, vice-presidente do Flamengo e ex-braço direito de Eike.
Além disso, a polícia cumpriu mandados de condução coercitiva de outras três pessoas, inclusive de Suzana Neves, ex-esposa de Cabral e prima do presidente do PSDB, Aécio Neves.
Segundo revelaram hoje funcionários da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, Eike teria entregado o dinheiro a Cabral, preso desde novembro do ano passado, por meio de um contrato fictício que simulou a compra de uma mina de ouro.
A polícia realizou buscas na residência do empresário no Rio de Janeiro na manhã de hoje, mas não o encontrou e investiga agora para confirmar a informação de seus advogados de que viajou há dois dias aos Estados Unidos utilizando um passaporte alemão que conseguiu por sua mãe ter essa nacionalidade.
Segundo o procurador Leonardo Freitas, a investigação mostrou que Cabral "montou uma organização criminosa" em 2002, quando era deputado estadual, e que cresceu entre 2007 e 2014, enquanto era governador do estado.
Segundo a polícia, Cabral chegou a somar US$ 100 milhões de origem ilegal que ocultou em contas abertas em bancos do exterior.
Considerado há alguns anos dono da oitava maior fortuna do mundo, Eike acumulou uma riqueza calculada em US$ 30 bilhões através de empresas dos mais diversos setores aproveitando a alta do preço do petróleo e das matérias-primas.
Filho de Eliezer Batista, ex-ministro das Minas e Energia e ex-presidente da antiga estatal Vale do Rio Doce, privatizada em 1998, o empresário costumava ostentar sua riqueza e se exibir com celebridades e a cúpula do poder.
No entanto, caiu em desgraça com a crise do petróleo e o fracasso de arriscados negócios que o obrigaram a vender e a fechar a maioria de suas empresas.
Eike se desfez inclusive do Lamborghini Aventador LP700-4 que tinha como objeto decorativo na enorme sala de sua casa no Rio e que vendeu por US$ 1 milhão.
No ano passado rompeu uma prolongado silêncio para colaborar com a Justiça nas investigações sobre os desvios na Petrobras, quando admitiu que realizou "doações" sem declarar a campanhas políticas com fundos procedentes de comissões ilegais pela adjudicação de contratos com empresas públicas.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, as "doações" de Eike beneficiaram 13 partidos e chegaram a R$ 12,6 milhões.
Considerado foragido pela Justiça, o empresário, de 60 anos, pretende retornar ao Brasil e se entregar, segundo seus advogados, que não estabeleceram a possível data de seu retorno.
Na operação de hoje, batizada como "Eficiência" e parte da Lava Jato, foram detidas outras quatro pessoas, entre elas Flavio Godinho, vice-presidente do Flamengo e ex-braço direito de Eike.
Além disso, a polícia cumpriu mandados de condução coercitiva de outras três pessoas, inclusive de Suzana Neves, ex-esposa de Cabral e prima do presidente do PSDB, Aécio Neves.
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