Movimento pede criação de comissão para investigar Odebrecht na R.Dominicana
Santo Domingo, 26 jan (EFE).- Membros do movimento Fim da Impunidade, organizador de uma manifestação que reuniu milhares de pessoas na República Dominicana no último domingo, pediram nesta quinta-feira a criação de uma comissão independente que conte com apoio das Nações Unidas para investigar os pagamentos de propina da Odebrecht no país.
Os organizadores da mobilização foram à Procuradoria Geral da República para reforçar que continuarão desenvolvendo ações para acabar com a impunidade no país e denunciar a ineficácia das investigações oficiais.
"Queremos reafirmar que nossa luta pacífica vai continuar, como foi até o momento, até que sejam identificados e levados à justiça os subornados pela Odebrecht", afirmou Natalia Mármol, uma das porta-vozes do movimento.
"Já decretamos o início do fim da impunidade e não vamos parar até que sejam identificados e submetidos à justiça os funcionários que receberam propinas da Odebrecht", acrescentou.
Outro organizador da manifestação, Bartolomé Pujals, disse que as investigações lideradas pelo procurador-geral, Jean-Alain Rodríguez - que há vários dias interroga ex-funcionários do governo que tiveram algum vínculo com a construtora brasileira -, "não darão nenhum resultado", já que estão sendo realizadas "no mesmo padrão de outros casos de suposta corrupção administrativa nos quais não houve resultados positivos".
"É importante destacar que nem o procurador-geral da República, nem o presidente, Danilo Medina, que também é suspeito, porque sua gestão aborda a questão das propinas, podem ser juiz e parte ao estar designando comissões que, afinal de contas, vão garantir a impunidade de qualquer ato de corrupção que possa ser constatado", afirmou.
Na sede da instituição também se reuniram os membros da Frente Amplio, o deputado Fidel Santana, e Dionisio Restituyo, para apresentar um expediente que dá conta dos superfaturamentos aplicados em 24 orçamentos de projetos executados pela empresa no país e que também inclui um relatório técnico.
No documento, no entanto, não constam as obras públicas licitadas durante o atual governo de Danilo Medina, como a Central Termelétrica Punta Catalina e o corredor Duarte.
Segundo documentos divulgados em dezembro pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou US$ 788 milhões em propinas em 12 países, entre eles a República Dominicana, onde desembolsou US$ 92 milhões ao longo de quase duas décadas para conseguir a concessão de obras públicas.
Além dos interrogatórios, a direção de Contratações Públicas do Estado dominicano inabilitou temporariamente a Odebrecht para os processos de licitação de todas as obras públicas.
Na última sexta-feira, a empresa se comprometeu a pagar US$ 184 milhões como compensação econômica à República Dominicana.
Os organizadores da mobilização foram à Procuradoria Geral da República para reforçar que continuarão desenvolvendo ações para acabar com a impunidade no país e denunciar a ineficácia das investigações oficiais.
"Queremos reafirmar que nossa luta pacífica vai continuar, como foi até o momento, até que sejam identificados e levados à justiça os subornados pela Odebrecht", afirmou Natalia Mármol, uma das porta-vozes do movimento.
"Já decretamos o início do fim da impunidade e não vamos parar até que sejam identificados e submetidos à justiça os funcionários que receberam propinas da Odebrecht", acrescentou.
Outro organizador da manifestação, Bartolomé Pujals, disse que as investigações lideradas pelo procurador-geral, Jean-Alain Rodríguez - que há vários dias interroga ex-funcionários do governo que tiveram algum vínculo com a construtora brasileira -, "não darão nenhum resultado", já que estão sendo realizadas "no mesmo padrão de outros casos de suposta corrupção administrativa nos quais não houve resultados positivos".
"É importante destacar que nem o procurador-geral da República, nem o presidente, Danilo Medina, que também é suspeito, porque sua gestão aborda a questão das propinas, podem ser juiz e parte ao estar designando comissões que, afinal de contas, vão garantir a impunidade de qualquer ato de corrupção que possa ser constatado", afirmou.
Na sede da instituição também se reuniram os membros da Frente Amplio, o deputado Fidel Santana, e Dionisio Restituyo, para apresentar um expediente que dá conta dos superfaturamentos aplicados em 24 orçamentos de projetos executados pela empresa no país e que também inclui um relatório técnico.
No documento, no entanto, não constam as obras públicas licitadas durante o atual governo de Danilo Medina, como a Central Termelétrica Punta Catalina e o corredor Duarte.
Segundo documentos divulgados em dezembro pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou US$ 788 milhões em propinas em 12 países, entre eles a República Dominicana, onde desembolsou US$ 92 milhões ao longo de quase duas décadas para conseguir a concessão de obras públicas.
Além dos interrogatórios, a direção de Contratações Públicas do Estado dominicano inabilitou temporariamente a Odebrecht para os processos de licitação de todas as obras públicas.
Na última sexta-feira, a empresa se comprometeu a pagar US$ 184 milhões como compensação econômica à República Dominicana.
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