Topo

ONU prorroga missão no Chipre e estimula negociações de paz

26/01/2017 15h53

Nações Unidas, 26 jan (EFE).- O Conselho de Segurança das Nações Unidas prorrogou nesta quinta-feira a missão da ONU no Chipre e encorajou os líderes do país a continuarem com as negociações para conseguir a reunificação da ilha e pôr fim ao conflito.

Os 15 membros do Conselho aprovaram por unanimidade uma resolução impulsionada pelo Reino Unido que respalda de forma oficial as conversas entre os líderes greco-cipriota e turco-cipriota, Nicos Anastasiades e Mustafá Akinci, respectivamente, que receberam um importante impulso com a conferência realizada em Genebra no início do mês.

O principal órgão de decisão da ONU já tinha respaldado esse processo de maneira mais informal, um apoio que oficializou hoje com a resolução 2338.

Nela, o Conselho de Segurança lembra que, apesar dos avanços, ainda não foi possível uma solução sustentável ao conflito cipriota e pede às partes que "intensifiquem as negociações essenciais sobre as questões básicas que restam resolver".

Entre outros assuntos, é preciso solucionar a modificação do sistema de garantias de segurança que Turquia, Grécia e Reino Unido assumiram após a independência do Chipre, um dos principais obstáculos nas negociações.

Enquanto a comunidade greco-cipriota e a Atenas defendem o desaparecimento do sistema de garantias e a retirada dos 30.000 soldados turcos do norte da ilha, a turco-cipriota e o governo de Ancara insistem para que o sistema e as tropas sejam mantidas.

A resolução do Conselho de Segurança também prolonga até o próximo dia 31 de julho o mandato da missão da ONU no Chipre, encarregada de garantir a paz no país.

Desde 1974, as duas comunidades da ilha vivem separadas, os turcos na autoproclamada República Turca do Norte do Chipre (RTNC), e os gregos na parte sul, na República do Chipre, que desde 2004 faz parte da União Europeia (UE).

O objeto da negociação atual é achar uma solução que estabeleça uma federação bizonal e bicomunal com igualdade política para um Estado de soberania, cidadania e personalidade internacional única. EFE

mvs/rsd