Trípoli revela nome de terroristas que atacaram embaixada italiana
Trípoli, 26 jan (EFE).- A milícia Radaa, uma força especial vinculada ao governo de unidade da Líbia apoiado pela ONU, revelou nesta quinta-feira os nomes dos supostos autores do atentado fracassado contra a embaixada da Itália em Trípoli, ao qual vinculou o general Khalifa Hafter, líder do leste do país.
Em comunicado enviado à imprensa local, o porta-voz da milícia, Tahmed Salem, identificou os autores como Milood Mazin, Hamza Abu Ajilah e Omer Kabout. Os dois primeiros morreram na explosão precoce do carro-bomba e o terceiro teria conseguido fugir.
Kabout é um oficial de alta patente que participou da Operação Al Karama (ofensiva que Hafter lançou em maio de 2014) para reconquistar a cidade de Benghazi, ainda parcialmente em mãos de grupos salafistas, no oeste da Líbia, e que acolheu reuniões secretas em sua casa de Trípoli, argumentou.
Um responsável pela milícia já havia antecipado na quarta-feira à Agência Efe que os agressores tinham falhado no momento de preparar o carro-bomba e garantiu que agiram por ordem do Comando Geral do Exército líbio em Tobruk, dirigido por Hafter.
"Nossos homens detiveram no mesmo domingo um dos três agressores, o que conseguiu fugir antes da explosão, enquanto os dois outros, morreram por causa da bomba. Os terroristas pretendiam colocar o carro-bomba em frente à embaixada da Itália, mas tiveram que parar antes devido à presença dos serviços de segurança. O objetivo era demonstrar que Trípoli é um lugar inseguro", afirmou.
A capital sofreu uma onda de ataques contra edifícios de órgãos públicos e delegações diplomáticas após o triunfo da revolta militar que em 2011 acabou com a ditadura de Muammar Kadafi, atentados que fizeram com que embaixadas, organismos internacionais e empresas estrangeiras se mudassem para Túnis.
Na semana passada, a Itália foi o primeiro país europeu a anunciar publicamente que havia reaberto a sede de sua embaixada em Trípoli e reatado as atividades diplomáticas, da mesma forma que fizeram vários outros países, a maioria árabes.
Países como França e Reino Unido trabalham na capital líbia de forma discreta há meses, além de assessorar diversas milícias aliadas com o chamado governo de unidade apoiado pela ONU.
Vítima do caos e da guerra civil desde que a Otan contribuiu decisivamente para a vitória dos rebeldes sobre a ditadura de Kadafi em 2011, a Líbia tem hoje dois governos, nenhum deles com legitimidade, embora ambos a reivindiquem.
O que está em Tobruk, apoiado por Rússia e Egito, saiu das eleições de 2014, foi então reconhecido pela comunidade internacional e ainda hoje é o que ostenta a representação do país perante diversas instituições, embora seu mandato tenha expirado há um ano e meio.
O homem forte é o general Khalifa Hafter, um antigo membro da cúpula militar que levou Kadafi ao poder e que anos depois, em briga com o tirano e recrutado pela CIA, se tornou seu principal opositor no exílio.
O governo de Trípoli foi formado em abril do ano passado, após o acordo de paz imposto pela ONU, e quase um ano depois ainda não alcançou a legitimidade do parlamento e nem sequer controla a capital.
Este último recebeu o apoio, no entanto, dos Estados Unidos e da maioria dos países europeus, em particular da Itália, um dos países mais envolvidos e afetados pelo conflito líbio.
Em comunicado enviado à imprensa local, o porta-voz da milícia, Tahmed Salem, identificou os autores como Milood Mazin, Hamza Abu Ajilah e Omer Kabout. Os dois primeiros morreram na explosão precoce do carro-bomba e o terceiro teria conseguido fugir.
Kabout é um oficial de alta patente que participou da Operação Al Karama (ofensiva que Hafter lançou em maio de 2014) para reconquistar a cidade de Benghazi, ainda parcialmente em mãos de grupos salafistas, no oeste da Líbia, e que acolheu reuniões secretas em sua casa de Trípoli, argumentou.
Um responsável pela milícia já havia antecipado na quarta-feira à Agência Efe que os agressores tinham falhado no momento de preparar o carro-bomba e garantiu que agiram por ordem do Comando Geral do Exército líbio em Tobruk, dirigido por Hafter.
"Nossos homens detiveram no mesmo domingo um dos três agressores, o que conseguiu fugir antes da explosão, enquanto os dois outros, morreram por causa da bomba. Os terroristas pretendiam colocar o carro-bomba em frente à embaixada da Itália, mas tiveram que parar antes devido à presença dos serviços de segurança. O objetivo era demonstrar que Trípoli é um lugar inseguro", afirmou.
A capital sofreu uma onda de ataques contra edifícios de órgãos públicos e delegações diplomáticas após o triunfo da revolta militar que em 2011 acabou com a ditadura de Muammar Kadafi, atentados que fizeram com que embaixadas, organismos internacionais e empresas estrangeiras se mudassem para Túnis.
Na semana passada, a Itália foi o primeiro país europeu a anunciar publicamente que havia reaberto a sede de sua embaixada em Trípoli e reatado as atividades diplomáticas, da mesma forma que fizeram vários outros países, a maioria árabes.
Países como França e Reino Unido trabalham na capital líbia de forma discreta há meses, além de assessorar diversas milícias aliadas com o chamado governo de unidade apoiado pela ONU.
Vítima do caos e da guerra civil desde que a Otan contribuiu decisivamente para a vitória dos rebeldes sobre a ditadura de Kadafi em 2011, a Líbia tem hoje dois governos, nenhum deles com legitimidade, embora ambos a reivindiquem.
O que está em Tobruk, apoiado por Rússia e Egito, saiu das eleições de 2014, foi então reconhecido pela comunidade internacional e ainda hoje é o que ostenta a representação do país perante diversas instituições, embora seu mandato tenha expirado há um ano e meio.
O homem forte é o general Khalifa Hafter, um antigo membro da cúpula militar que levou Kadafi ao poder e que anos depois, em briga com o tirano e recrutado pela CIA, se tornou seu principal opositor no exílio.
O governo de Trípoli foi formado em abril do ano passado, após o acordo de paz imposto pela ONU, e quase um ano depois ainda não alcançou a legitimidade do parlamento e nem sequer controla a capital.
Este último recebeu o apoio, no entanto, dos Estados Unidos e da maioria dos países europeus, em particular da Itália, um dos países mais envolvidos e afetados pelo conflito líbio.
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