Trump prepara medidas mais duras contra imigrantes e muçulmanos, diz portal
Washington, 26 jan (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se prepara para suspender as medidas que protegem da deportação os jovens imigrantes ilegais, negar a entrada de estrangeiros que são uma "carga" para o estado e revisar a imigração legal que "prejudique" os americanos, segundo documentos vazados à imprensa.
Trump também deve endurecer as condições de entrada de pessoas de vários países de maioria muçulmana, segundo os textos de quatro ações executivas vazadas ao portal de notícias "Vox" e divulgadas nesta quinta-feira.
Na primeira dessas ordens, ainda pendente de revisão pelo gabinete do presidente, Trump se propõe a cumprir uma de suas promessas de campanha e derrubar o Programa de Ação Diferida (Daca), que permitiu frear a deportação de 750 mil jovens imigrantes ilegais, conhecidos como "dreamers" (sonhadores).
O programa Daca, proclamado em 2012 pelo ex-presidente Barack Obama, permitia aos jovens frear sua deportação, obter uma licença de trabalho e uma carteira de motorista, mas estabelecia que para continuar com estes benefícios eles deveriam renovar a permissão a cada dois anos.
A ordem de Trump, segundo "Vox", estabelece que os imigrantes ilegais não poderão mais renovar essa permissão, de modo que os jovens voltem a um "limbo" judicial que faz com que a qualquer momento possam ser expulsos para o país do qual saíram ainda crianças e que em muitos casos nem se lembram.
Segundo o documento, intitulado "Acabar com as anistias executivas inconstitucionais", Trump permitirá aos jovens já acolhidos pelo Daca que mantenham a licença de trabalho até que expire, em algum momento nos próximos dois anos.
Em outra das ordens executivas obtidas por "Vox", Trump restringirá a entrada aos estrangeiros que representarem uma "carga" para os cofres públicos e deportará "o mais rápido possível" quem tiver se tornado uma "carga" e viva de maneira ilegal no país.
"Nossas leis migratórias devem garantir que os Estados Unidos não darão as boas-vindas a indivíduos que tenham chances de se tornarem uma carga para os contribuintes", determina a ordem executiva, cuja autenticidade não foi confirmada pela Casa Branca.
Nesse documento vazado é pedida a elaboração de um plano para combater o "turismo de nascimentos", definido pelo governo como "aquele no qual os indivíduos viajam aos EUA para dar à luz" com o objetivo que os filhos de estrangeiros adquiram a cidadania americana.
A terceira ordem executiva, segundo "Vox", busca reduzir a imigração legal aos Estados Unidos com o objetivo de "priorizar os interesses dos trabalhadores americanos, e no máximo grau possível, seus trabalhos, salários e o bem-estar desses trabalhadores".
Concretamente, a ordem propõe a revisão pelo Departamento de Segurança Nacional de diferentes tipos de vistos de trabalho para estabelecer se devem ser mantidos ou eliminados.
Uma última ação executiva divulgada por "Vox" e vazada também a outros veículos de imprensa, como o jornal "The Washington Post", visa "proteger a nação de ataques terroristas de estrangeiros".
Este decreto estabelece que deve ser suspensa a entrada aos Estados Unidos dos cidadãos de certos países em um prazo de 30 dias desde a entrada em vigor da ordem.
Embora não mencione nenhum país explicitamente, a ordem diz que as nações afetadas serão as incluídas na lista de Estados patrocinadores do terrorismo elaborada pelo Departamento de Estado (Irã, Sudão e Síria), assim como os designados como países de preocupação pelo Departamento de Segurança Nacional (Líbia, Somália e Iêmen).
A esses países se somaria o Iraque, mencionado como país sob observação dentro do programa conhecido como "Visa Waiver" (VWP) e de outra lei de 2015 contra o terrorismo.
Também é mencionada nessa ordem a proibição de entrada de refugiados aos Estados Unidos durante quatro meses, período após o qual seria retomada a admissão de refugiados, mas sob a apuração do Departamento de Segurança Nacional, do Departamento de Estado e do diretor de Segurança Nacional.
Trump também deve endurecer as condições de entrada de pessoas de vários países de maioria muçulmana, segundo os textos de quatro ações executivas vazadas ao portal de notícias "Vox" e divulgadas nesta quinta-feira.
Na primeira dessas ordens, ainda pendente de revisão pelo gabinete do presidente, Trump se propõe a cumprir uma de suas promessas de campanha e derrubar o Programa de Ação Diferida (Daca), que permitiu frear a deportação de 750 mil jovens imigrantes ilegais, conhecidos como "dreamers" (sonhadores).
O programa Daca, proclamado em 2012 pelo ex-presidente Barack Obama, permitia aos jovens frear sua deportação, obter uma licença de trabalho e uma carteira de motorista, mas estabelecia que para continuar com estes benefícios eles deveriam renovar a permissão a cada dois anos.
A ordem de Trump, segundo "Vox", estabelece que os imigrantes ilegais não poderão mais renovar essa permissão, de modo que os jovens voltem a um "limbo" judicial que faz com que a qualquer momento possam ser expulsos para o país do qual saíram ainda crianças e que em muitos casos nem se lembram.
Segundo o documento, intitulado "Acabar com as anistias executivas inconstitucionais", Trump permitirá aos jovens já acolhidos pelo Daca que mantenham a licença de trabalho até que expire, em algum momento nos próximos dois anos.
Em outra das ordens executivas obtidas por "Vox", Trump restringirá a entrada aos estrangeiros que representarem uma "carga" para os cofres públicos e deportará "o mais rápido possível" quem tiver se tornado uma "carga" e viva de maneira ilegal no país.
"Nossas leis migratórias devem garantir que os Estados Unidos não darão as boas-vindas a indivíduos que tenham chances de se tornarem uma carga para os contribuintes", determina a ordem executiva, cuja autenticidade não foi confirmada pela Casa Branca.
Nesse documento vazado é pedida a elaboração de um plano para combater o "turismo de nascimentos", definido pelo governo como "aquele no qual os indivíduos viajam aos EUA para dar à luz" com o objetivo que os filhos de estrangeiros adquiram a cidadania americana.
A terceira ordem executiva, segundo "Vox", busca reduzir a imigração legal aos Estados Unidos com o objetivo de "priorizar os interesses dos trabalhadores americanos, e no máximo grau possível, seus trabalhos, salários e o bem-estar desses trabalhadores".
Concretamente, a ordem propõe a revisão pelo Departamento de Segurança Nacional de diferentes tipos de vistos de trabalho para estabelecer se devem ser mantidos ou eliminados.
Uma última ação executiva divulgada por "Vox" e vazada também a outros veículos de imprensa, como o jornal "The Washington Post", visa "proteger a nação de ataques terroristas de estrangeiros".
Este decreto estabelece que deve ser suspensa a entrada aos Estados Unidos dos cidadãos de certos países em um prazo de 30 dias desde a entrada em vigor da ordem.
Embora não mencione nenhum país explicitamente, a ordem diz que as nações afetadas serão as incluídas na lista de Estados patrocinadores do terrorismo elaborada pelo Departamento de Estado (Irã, Sudão e Síria), assim como os designados como países de preocupação pelo Departamento de Segurança Nacional (Líbia, Somália e Iêmen).
A esses países se somaria o Iraque, mencionado como país sob observação dentro do programa conhecido como "Visa Waiver" (VWP) e de outra lei de 2015 contra o terrorismo.
Também é mencionada nessa ordem a proibição de entrada de refugiados aos Estados Unidos durante quatro meses, período após o qual seria retomada a admissão de refugiados, mas sob a apuração do Departamento de Segurança Nacional, do Departamento de Estado e do diretor de Segurança Nacional.
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