Casa Branca lança ultimato a diplomatas contrários a veto migratório de Trump
Washington, 30 jan (EFE).- A Casa Branca lançou nesta segunda-feira um ultimato a mais de 100 diplomatas americanos que criticaram o veto temporário imposto por Donald Trump à entrada nos Estados Unidos de pessoas de sete países de maioria muçulmana, ao pedir-lhes que abandonem seu cargo se não estão dispostos a aceitar a medida.
"Deveriam ajustar-se ao programa ou sair", disse o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, durante sua entrevista coletiva diária.
Spicer reagiu assim a uma mensagem que circulou entre diplomatas americano no mundo todo e que, segundo alguns veículos de comunicação, recebeu mais de 100 assinaturas, antes de ser enviado ao chamado "canal de divergências" do Departamento de Estado.
Este canal é mantido desde a Guerra do Vietnã (1955-1975) para que seus funcionários possam expressar sua inconformidade às altas esferas da diplomacia americana sem temor a represálias, e os documentos ali arquivados devem receber uma resposta oficial em um prazo de entre 30 e 60 dias.
Na mensagem, os diplomatas expressam sua oposição à parte do decreto assinado nesta sexta-feira por Trump, que proíbe durante 90 dias a entrada ao país de cidadãos de Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Iêmen e Irã.
"Esta proibição, que só pode ser suspensa sob condições que para os países será difícil ou impossível cumprir, não alcançará seu objetivo assinalado de proteger o povo de ataques terroristas de cidadãos estrangeiros que ingressem nos Estados Unidos", advertem os signatários do documento.
"Além disso, essa política vai contra importantes valores americanos como a não discriminação, o fair play e as boas-vindas aos visitantes estrangeiros e aos imigrantes", acrescentam.
O porta-voz interino do Departamento de Estado, Mark Toner, afirmou hoje estar "ciente" dessa mensagem e defendeu a necessidade que os funcionários da agência possam registrar sua inconformidade com certas políticas dentro do "canal de divergências".
"Este é um processo importante que o secretário de Estado interino (Thomas Shannon) e o Departamento de Estado em seu conjunto avaliam e respeitam", declarou Toner em comunicado.
Os signatários do documento, divulgado por vários veículos de comunicação, alertam que o veto "amargará imediatamente as relações" com esses sete países "e boa parte do mundo muçulmano, que considera que a proibição esteve motivada pela religião".
"Ao aliená-los, perdemos acesso à inteligência e aos recursos que necessitamos para combater as causas que estão na raiz do terrorismo no exterior, antes que haja um ataque em nosso país", denunciam os diplomatas, preocupados ainda com um aumento no "sentimento antiamericano" no mundo.
Por último, os diplomatas alertam que o requisito imposto aos países para que o veto seja suspenso - garantir que cada indivíduo que pede visto é quem diz ser e não uma ameaça - é "vago e nebuloso" demais para que esses governos possam ou queiram cumpri-lo.
"Deveriam ajustar-se ao programa ou sair", disse o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, durante sua entrevista coletiva diária.
Spicer reagiu assim a uma mensagem que circulou entre diplomatas americano no mundo todo e que, segundo alguns veículos de comunicação, recebeu mais de 100 assinaturas, antes de ser enviado ao chamado "canal de divergências" do Departamento de Estado.
Este canal é mantido desde a Guerra do Vietnã (1955-1975) para que seus funcionários possam expressar sua inconformidade às altas esferas da diplomacia americana sem temor a represálias, e os documentos ali arquivados devem receber uma resposta oficial em um prazo de entre 30 e 60 dias.
Na mensagem, os diplomatas expressam sua oposição à parte do decreto assinado nesta sexta-feira por Trump, que proíbe durante 90 dias a entrada ao país de cidadãos de Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Iêmen e Irã.
"Esta proibição, que só pode ser suspensa sob condições que para os países será difícil ou impossível cumprir, não alcançará seu objetivo assinalado de proteger o povo de ataques terroristas de cidadãos estrangeiros que ingressem nos Estados Unidos", advertem os signatários do documento.
"Além disso, essa política vai contra importantes valores americanos como a não discriminação, o fair play e as boas-vindas aos visitantes estrangeiros e aos imigrantes", acrescentam.
O porta-voz interino do Departamento de Estado, Mark Toner, afirmou hoje estar "ciente" dessa mensagem e defendeu a necessidade que os funcionários da agência possam registrar sua inconformidade com certas políticas dentro do "canal de divergências".
"Este é um processo importante que o secretário de Estado interino (Thomas Shannon) e o Departamento de Estado em seu conjunto avaliam e respeitam", declarou Toner em comunicado.
Os signatários do documento, divulgado por vários veículos de comunicação, alertam que o veto "amargará imediatamente as relações" com esses sete países "e boa parte do mundo muçulmano, que considera que a proibição esteve motivada pela religião".
"Ao aliená-los, perdemos acesso à inteligência e aos recursos que necessitamos para combater as causas que estão na raiz do terrorismo no exterior, antes que haja um ataque em nosso país", denunciam os diplomatas, preocupados ainda com um aumento no "sentimento antiamericano" no mundo.
Por último, os diplomatas alertam que o requisito imposto aos países para que o veto seja suspenso - garantir que cada indivíduo que pede visto é quem diz ser e não uma ameaça - é "vago e nebuloso" demais para que esses governos possam ou queiram cumpri-lo.
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