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Segunda mulher suspeita de matar irmão de líder norte-coreano é presa

Oficial norte-coreano conversa com policiais em frente o hospital onde está o corpo do suposto Kim Jong-nam, à espera da autópsia, em Kuala Lumpur, na Malásia - Edgar Su/Reuters
Oficial norte-coreano conversa com policiais em frente o hospital onde está o corpo do suposto Kim Jong-nam, à espera da autópsia, em Kuala Lumpur, na Malásia Imagem: Edgar Su/Reuters

Em Bangcoc

16/02/2017 02h25Atualizada em 16/02/2017 08h36

A polícia da Malásia confirmou nesta quinta-feira (16) a prisão de uma segunda mulher supostamente ligada ao assassinato, em Kuala Lumpur, de Kim Jong-nam, irmão do líder norte-coreano Kim Jong-un. 

Em comunicado emitido pelas autoridades malaias, a suspeita é identificada como Siti Aishah, nascida na Indonésia, de 25 anos.

A mulher, que estava sozinha no momento da prisão ocorrida durante a madrugada desta quinta (hora local), aparecia nas gravações feitas pelas câmeras de segurança do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, onde, na última segunda-feira (13), ocorreu o crime.

Na quarta-feira (15), uma primeira suspeita foi presa, uma vietnamita identificada como Doan Thi Huong, 28. A mulher tentava deixar o país rumo ao Vietnã, quando foi detida pela polícia, diz o jornal "The Star".

De acordo com o jornal, agora as autoridades procuram por outros quatro homens suspeitos de participarem do assassinato.

O corpo do norte-coreano está desde quarta-feira no Hospital Geral de Kuala Lumpur.

Inicialmente, as autoridades malaias haviam identificado a vítima como Kim Chol, que era o nome que constava dos documentos encontrados com ele. Mas, na manhã desta quinta, Seul confirmou a identidade como sendo a do irmão de Kim Jong-un.

O norte-coreano faleceu na segunda enquanto era levado a um hospital de Putrajaya, a capital administrativa do país, após adoecer subitamente antes de embarcar em um avião com destino a Macau.

Kim Jong-nam chegou a ser considerado como o melhor posicionado para substituir seu pai à frente do regime norte-coreano até cair em desgraça com a mudança de século, e desde então acredita-se que residia entre Hong Kong, Macau e Pequim sem ocupar nenhum cargo oficial.

O primogênito do antigo ditador perdeu definitivamente a preferência do pai quando em 2001 foi detido em um aeroporto de Tóquio com um passaporte falso que pretendia usar para entrar no Japão e supostamente visitar o parque Disneylândia.

Fruto da relação entre o ditador e a atriz Song Hye-rim, Kim Jong-nam atraiu a atenção nos últimos anos com suas críticas contra as políticas do regime norte-coreano e seu sistema de sucessão, expressadas através de sua correspondência com um jornalista japonês, disse uma televisão do mesmo país.