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Entrega de armas das Farc à ONU começará em 1º de março

21/02/2017 14h00

Bogotá, 21 fev (EFE).- A guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) começará a entregar as armas a uma comissão das Nações Unidas no próximo dia 1º de março, disse nesta terça-feira o chefe do Comando Estratégico de Transição (COET), o general Javier Flórez.

"Vamos iniciar o tema da entrega de armamento físico em 1º de março com 30%, em 1º de maio com outros 30% e em 1º de junho com os 40% restantes, e aí estarão entregues todas as armas", disse Flórez em entrevista coletiva em Bogotá.

O alto oficial reiterou que o processo de deposição das armas ocorrerá de maneira escalonada, cumprindo o prazo previsto de 180 dias que começou em 1º de dezembro e terminará em 1º de junho, apesar dos atrasos na construção e adequação dos acampamentos em que estão hospedados os guerrilheiros.

O movimento de aproximadamente 7 mil guerrilheiros rumo aos 26 lugares onde deixarão as armas e se prepararão para seu retorno à vida em sociedade terminou no último sábado, um fato que foi descrito pelo general Flórez como "muito importante para o país".

Sobre essa questão, o Alto Comissariário para a Paz, Sergio Jaramillo, qualificou como "emocionante" a visita que o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, fez ontem à zona verde de La Carmelita, no departamento do Putumayo, onde cumprimentou centenas de guerrilheiros.

"Ontem foi um dia muito emocionante. Pela primeira vez um presidente da república se dirigiu a guerrilheiros em transição para a vida civil, deu instruções, tomou decisões, um ambiente extraordinário, positivo, de colaboração", afirmou Jaramillo.

Além disso, o general Flórez explicou que a depeosição das armas começará com a entrega de fuzis, metralhadoras e armas curtas à ONU.

Flórez acrescentou que os 137 integrantes das Farc que fazem parte do do Mecanismo de Monitoração e Verificação (MMV), que também é composto por ONU e governo, "já estão nas zonas e vão entregar (suas armas) às Nações Unidas".

A entrega de armas inclui também munição, explosivos e esconderijos onde a guerrilha guarda seus arsenais, conhecidos no país como "caletas".

"Em todo caso, o material instável estará destruído antes do dia 150, e o material de 'caletas', armas longas, curtas e demais, estará nos contêineres do mecanismo internacional", afirmou o general.