Rússia vetará possíveis sanções contra Síria na ONU por uso de armas químicas
Nações Unidas, 24 fev (EFE).- A Rússia antecipou nesta sexta-feira que utilizará seu veto no Conselho de Segurança da ONU para frear a imposição de sanções ao regime sírio pelo uso de armas químicas na guerra do país.
Para a Rússia, a resolução impulsionada pelas potências ocidentais é "parcial", "prejulga os resultados da investigação" e não está baseada em provas suficientes, segundo disse aos jornalistas o embaixador adjunto russo, Vladimir Safronkov.
A postura russa foi imediatamente criticada pelos Estados Unidos, cuja representante na ONU, Nikki Haley, se perguntou: "Por quanto tempo a Rússia vai continuar se portando como babá e criando desculpas para o regime sírio?".
"Ou está a favor das armas químicas ou está contra", completou Haley, que defendeu que a resolução é necessária e garantiu que os Estados Unidos não vão "ficar calados".
A proposta está há meses sob discussão e busca sancionar vários funcionários sírios pelo uso de armas químicas, depois que uma investigação conjunta da ONU e da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) determinou que o regime esteve por trás de vários ataques com substâncias proibidas em 2014 e 2015.
França e Reino Unido lideraram a preparação do texto e hoje anunciaram sua intenção de submetê-lo a uma votação o mais rápido possível.
"Consideramos que chegou o momento de avançar", disse aos jornalistas o embaixador francês, François Delattre, que ressaltou que a "credibilidade" do Conselho de Segurança está em jogo.
"Temos provas claras de que foram usadas armas químicas na Síria contra populações civis, e também temos indicações convergentes que estas armas seguem sendo usadas nesse país. Se pararmos pra pensar, na escala das ameaças à paz e a segurança, aqui estamos no 10", declarou Delattre.
A Rússia, que nos últimos anos usou seu direito de veto em várias ocasiões para proteger o governo sírio, deixou claro repetidamente que se opõe a sancionar Damasco sobre as bases existentes.
O Conselho de Segurança discutiu hoje novamente a questão a portas fechadas, com as potências ocidentais pressionando por ações.
"Acabo de explicar nossa posição muito claramente a meus colegas: se (a resolução) for apresentada, nós a vetaremos", disse o representante russo, que opinou que submeter o texto a votação sabendo disso seria "uma provocação".
Apesar disso, EUA, França e Reino Unido deixaram claro que pretendem seguir diante com sua iniciativa.
"Nos deram todas estas razões pelas quais não deveríamos apresentar a resolução, por que o momento é errado. Esse é exatamente o motivo pelo qual o momento é o adequado", destacou Haley.
Um acordo entre Moscou e Washington em 2013 levou a Síria a aceitar a destruição de seu arsenal químico após vários supostos ataques e posteriormente o Conselho de Segurança aprovou resoluções para investigar novas denúncias.
No entanto, desde então, a Rússia questionou repetidamente a objetividade e o trabalho desenvolvido pelos especialistas que se ocuparam do caso.
Para a Rússia, a resolução impulsionada pelas potências ocidentais é "parcial", "prejulga os resultados da investigação" e não está baseada em provas suficientes, segundo disse aos jornalistas o embaixador adjunto russo, Vladimir Safronkov.
A postura russa foi imediatamente criticada pelos Estados Unidos, cuja representante na ONU, Nikki Haley, se perguntou: "Por quanto tempo a Rússia vai continuar se portando como babá e criando desculpas para o regime sírio?".
"Ou está a favor das armas químicas ou está contra", completou Haley, que defendeu que a resolução é necessária e garantiu que os Estados Unidos não vão "ficar calados".
A proposta está há meses sob discussão e busca sancionar vários funcionários sírios pelo uso de armas químicas, depois que uma investigação conjunta da ONU e da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) determinou que o regime esteve por trás de vários ataques com substâncias proibidas em 2014 e 2015.
França e Reino Unido lideraram a preparação do texto e hoje anunciaram sua intenção de submetê-lo a uma votação o mais rápido possível.
"Consideramos que chegou o momento de avançar", disse aos jornalistas o embaixador francês, François Delattre, que ressaltou que a "credibilidade" do Conselho de Segurança está em jogo.
"Temos provas claras de que foram usadas armas químicas na Síria contra populações civis, e também temos indicações convergentes que estas armas seguem sendo usadas nesse país. Se pararmos pra pensar, na escala das ameaças à paz e a segurança, aqui estamos no 10", declarou Delattre.
A Rússia, que nos últimos anos usou seu direito de veto em várias ocasiões para proteger o governo sírio, deixou claro repetidamente que se opõe a sancionar Damasco sobre as bases existentes.
O Conselho de Segurança discutiu hoje novamente a questão a portas fechadas, com as potências ocidentais pressionando por ações.
"Acabo de explicar nossa posição muito claramente a meus colegas: se (a resolução) for apresentada, nós a vetaremos", disse o representante russo, que opinou que submeter o texto a votação sabendo disso seria "uma provocação".
Apesar disso, EUA, França e Reino Unido deixaram claro que pretendem seguir diante com sua iniciativa.
"Nos deram todas estas razões pelas quais não deveríamos apresentar a resolução, por que o momento é errado. Esse é exatamente o motivo pelo qual o momento é o adequado", destacou Haley.
Um acordo entre Moscou e Washington em 2013 levou a Síria a aceitar a destruição de seu arsenal químico após vários supostos ataques e posteriormente o Conselho de Segurança aprovou resoluções para investigar novas denúncias.
No entanto, desde então, a Rússia questionou repetidamente a objetividade e o trabalho desenvolvido pelos especialistas que se ocuparam do caso.
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