Defensores de Park enfrentam polícia e jornalistas em frente à casa da ex-presidente
Um grupo de partidários de Park Geun-hye protagonizou nesta segunda-feira (13) novos incidentes com a polícia e os jornalistas que estão em frente à casa da ex-presidente da Coreia do Sul, destituída na sexta-feira passada, informou a agência "Yonhap".
Uma dúzia de simpatizantes de Park, que no domingo (12) deixou o complexo presidencial para se mudar para sua residência privada no sul de Seul, montou guarda toda a noite junto à casa da ex-mandatária cantando seu nome, agitando bandeiras sul-coreanas e insultando os jornalistas ali presentes.
Na primeira hora do dia, estes apoiadores tentaram impedir à força que vários fotógrafos e operadores de câmera fizessem imagens do interior da casa da ex-presidente, situada no exclusivo distrito de Gangnam.
Isto obrigou a intervenção da polícia para evitar que os partidários da chefe de Estado deposta agredissem funcionários dos veículos de comunicação.
Mais tarde, o número de jornalistas e partidários de Park tinha aumentado amplamente, o que obrigou os agentes a criar barreiras para separar ambos grupos, segundo as imagens feitas no lado de fora da casa e divulgadas pela "Yonhap TV".
Os simpatizantes da ex-presidente protagonizaram violentos confrontos com a polícia no sábado e na sexta-feira, quando o Tribunal Constitucional ratificou a cassação de Park que o parlamento tinha aprovado em dezembro por suas conexões com a trama da "Rasputina".
Três homens, todos eles apoiadores de Park, morreram em consequência destes confrontos, que também deixaram dezenas de feridos e pelo menos quatro detidos.
Este mesmo grupo agrediu também na sexta-feira jornalistas que tinham se posicionado em frente à principal instância judicial sul-coreana situada no centro de Seul.
Muitos dos apoiadores de Park se declaram nostálgicos da ditadura de Park Chung-hee (pai da governante deposta que governou de 1961 a 1979) e asseguram que sua destituição é um complô dos partidos de esquerda e dos veículos de comunicação.
O Tribunal Constitucional considerou que a ex-presidente vulnerou a Carta Magna ao permitir que sua amiga Choi Soon-sil, conhecida como "Rasputina", interferisse em assuntos de Estado sem ostentar cargo público, e ao confabular com ela para extorquir fundos de grandes empresas.
Com sua cassação, Park, a quem a procuradoria considera suspeita na trama de corrupção, fica desprovida de sua imunidade, enquanto a Coreia do Sul está obrigada a realizar eleições presidenciais em um prazo inferior a 60 dias com a maioria dos analistas apontando o dia 9 de maio como a data ideal para convocá-las.
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