Líderes da revolução dos guarda-chuvas em Hong Kong serão processados
Hong Kong, 27 mar (EFE).- Alguns dos principais líderes da revolução dos guarda-chuvas de Hong Kong foram informados nesta segunda-feira pela polícia que serão processados por participar das históricas manifestações contra o governo chinês em 2014, afirmou o ativista Joshua Wong.
As notificações aconteceram apenas um dia depois de Carrie Lam, a candidata favorita de Pequim, ter sido eleita chefe do Executivo de Hong Kong em restritas eleições muito criticadas por grupos pró-democracia.
Wong, um dos impulsores dos protestos, afirmou hoje à Agência Efe que os ativistas, os quais não nomeou, serão detidos e previu que "a perseguição política contra ativistas estudantis continuará".
Segundo veículos de comunicação locais, pelo menos oito ativistas e legisladores pró-democracia foram informados que serão processados, entre eles, líderes dos protestos como o professor Benny Tai, Chan Kin-man e o reverendo Chu Yiu-ming, do movimento "Occupy".
Também receberam ligações da polícia Tommy Cheung Sau-yin e Chung Yiu-wa, ex-membros da Federação de Estudantes Universitários de Hong Kong, um dos grupos que mobilizou a população em 2014.
Além disso, Raphael Wong Ho-ming, vice-presidente da Liga de Social-Democratas, informou em sua página no Facebook que também foi acusado, junto aos legisladores Tanya Chan e Shiu Ka-chun.
Shiu, que participou ativamente nos atos populares, disse à emissora de rádio e televisão pública "RTHK" que a polícia tinha lhe dito que seria julgado e para que se apresentasse nas dependências policiais com dinheiro para poder cobrir uma possível fiança.
Aparentemente, os ativistas e legisladores são acusados de alteração da ordem pública.
A notificação policial acontece um dia depois de a nova chefe de governo ter prometido "curar a divisão social" e defender os interesses de Hong Kong frente a Pequim, assim que tomar posse do cargo no dia 1º de julho.
"Hong Kong sofre uma divisão bastante grave e acumulou muita frustração. Minha prioridade será curar a brecha, aliviar a frustração e unir nossa sociedade para avançar", afirmou ontem Lam, consciente que sua eleição, favorecida pela influência de Pequim nas votações, não conta com a aprovação popular.
Lam foi precisamente quem atuou como interlocutora entre o governo e os líderes dos protestos durante as tentativas de diálogo que surgiram ao longo dos quase três meses de mobilizações.
A revolução dos guarda-chuvas surgiu precisamente como crítica ao sistema eleitoral para designar o chefe do governo de Hong Kong e concluiu sem ter conseguido nenhum avanço democrático para a ilha. EFE
ifs-tg/rsd
As notificações aconteceram apenas um dia depois de Carrie Lam, a candidata favorita de Pequim, ter sido eleita chefe do Executivo de Hong Kong em restritas eleições muito criticadas por grupos pró-democracia.
Wong, um dos impulsores dos protestos, afirmou hoje à Agência Efe que os ativistas, os quais não nomeou, serão detidos e previu que "a perseguição política contra ativistas estudantis continuará".
Segundo veículos de comunicação locais, pelo menos oito ativistas e legisladores pró-democracia foram informados que serão processados, entre eles, líderes dos protestos como o professor Benny Tai, Chan Kin-man e o reverendo Chu Yiu-ming, do movimento "Occupy".
Também receberam ligações da polícia Tommy Cheung Sau-yin e Chung Yiu-wa, ex-membros da Federação de Estudantes Universitários de Hong Kong, um dos grupos que mobilizou a população em 2014.
Além disso, Raphael Wong Ho-ming, vice-presidente da Liga de Social-Democratas, informou em sua página no Facebook que também foi acusado, junto aos legisladores Tanya Chan e Shiu Ka-chun.
Shiu, que participou ativamente nos atos populares, disse à emissora de rádio e televisão pública "RTHK" que a polícia tinha lhe dito que seria julgado e para que se apresentasse nas dependências policiais com dinheiro para poder cobrir uma possível fiança.
Aparentemente, os ativistas e legisladores são acusados de alteração da ordem pública.
A notificação policial acontece um dia depois de a nova chefe de governo ter prometido "curar a divisão social" e defender os interesses de Hong Kong frente a Pequim, assim que tomar posse do cargo no dia 1º de julho.
"Hong Kong sofre uma divisão bastante grave e acumulou muita frustração. Minha prioridade será curar a brecha, aliviar a frustração e unir nossa sociedade para avançar", afirmou ontem Lam, consciente que sua eleição, favorecida pela influência de Pequim nas votações, não conta com a aprovação popular.
Lam foi precisamente quem atuou como interlocutora entre o governo e os líderes dos protestos durante as tentativas de diálogo que surgiram ao longo dos quase três meses de mobilizações.
A revolução dos guarda-chuvas surgiu precisamente como crítica ao sistema eleitoral para designar o chefe do governo de Hong Kong e concluiu sem ter conseguido nenhum avanço democrático para a ilha. EFE
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