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Israel defende na ONU que boicote contra ele é "puro antissemitismo"

29/03/2017 12h55

Nações Unidas, 29 mar (EFE).- Apoiado pelos Estados Unidos, Israel denunciou nesta quarta-feira na Organização das Nações Unidas (ONU) o movimento de boicote contra o país, qualificando de "puro antissemitismo".

"Os corredores da ONU estão sendo infiltrados pelo movimento de boicote", garantiu o embaixador israelense, Danny Danon, em uma conferência organizada por seu país no plenário da Assembleia geral.

O ato reuniu, segundo Israel, mais de 2 mil representantes de organizações, ativistas, diplomatas e estudantes para impulsionar estratégias contra o Movimento Boicote, Desinvestimentos e Sanções (BDS). O movimento, fundado em 2005, procura pressionar Israel pela via econômica para que mude suas políticas com relação aos palestinos.

O embaixador israelense denunciou, por exemplo, que o Conselho de Direitos Humanos da ONU está criando uma "lista negra" de companhias que operam em partes de Israel, em linha com as táticas do BDS.

"Isto é puro antissemitismo e junto aos Estados Unidos, nosso maior aliado, vamos continuar lutando até que o BDS seja eliminado", insistiu Danon, que pediu entre outras questões que os estudantes alcem sua voz perante o progresso do BDS nas universidades.

A embaixadora americana perante a ONU, Nikki Haley, também discursou no ato para reiterar seu claro compromisso com Israel e seus esforços para acabar com o que considera um "preconceito" contra o país dentro das Nações Unidas.

"O esforço para deslegitimar Israel nos campi universitários e a obsessão anti-israelense na ONU são a mesma coisa. Os dois buscam negar o direito de Israel a existir. Os dois são esforços para intimidar os amigos e dar força aos inimigos", disse Nikki.

A representante americana, que desde o primeiro momento apoiou Israel, lamentou que muitos organismos da ONU se centrem em criticar a Israel e façam vista grossa com outros países.

"Deveríamos boicotar a Coreia do Norte, deveríamos sancionar o Irã, deveríamos desinvestir na Síria, não em Israel. Não tem qualquer sentido", reiterou.