Atentado é desafio para o povo russo e para Putin, afirma o Kremlin
O atentado contra o metrô de São Petersburgo, que resultou ontem na morte de 14 pessoas, é um desafio para o povo da Rússia e seu presidente, Vladimir Putin, garantiu nesta terça-feira Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.
"Cada ato terrorista que ocorre no país é um desafio para cada cidadão russo, incluído o chefe do Estado", disse Peskov a veículos de imprensa locais.
Peskov admitiu que o fato de o atentado ter acontecido no momento em que o presidente russo se encontrava na cidade "permite pensar" e é algo que deve ser analisado minuciosamente pelo serviço secreto.
Além disso, o porta-voz ressaltou que, seja como for, as autoridades russas seguirão reforçando a luta contra o terrorismo em todas as suas manifestações e lembrou a "postura muito firme" do chefe do Kremlin na luta contra essa praga.
"Todos sabem que, infelizmente, nenhum país no mundo está imune ao terrorismo. Mas isso não significa, em absoluto, que alguém irá debilitar a luta contra esse monstruoso mal", disse Peskov.
O porta-voz lembrou que "a Rússia, assim como outros países, se encontra na linha de frente da luta contra o terrorismo internacional" e que "nenhum país no mundo pôde derrotar sozinho o terrorismo até agora".
Por isso, Peskov não descartou solicitar a cooperação de outros países para esclarecer o atentado depois que vários deles, inclusive a Ucrânia, ofereceram colaboração.
O porta-voz do Kremlin destacou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, telefonou ontem à noite para Putin para oferecer suas condolências e manifestar sua solidariedade com o povo russo.
Além disso, Peskov afirmou que a principal hipótese considera que o atentado foi cometido por um terrorista suicida.
O serviço secreto do Quirguistão informou hoje que tudo indica que um cidadão oriundo dessa república centro-asiática poderia ser o autor do atentado.
O suspeito foi identificado como Akbarzhon Dzhalilov, que nasceu no Quirguistão em 1995, mas recebeu posteriormente a cidadania russa.
Precisamente, este assunto foi abordado hoje em Moscou pelo ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e seu colega quirguiz, Erlan Abdildaev, que condenou firmemente o atentado.
Contudo, Abdildaev considerou prematuro afirmar que o citado terrorista era membro do Estado Islâmico, e Lavrov acrescentou que seria "cínico" qualificar o atentado de "vingança" pela intervenção russa na Síria.
"O terrorismo é um crime contra toda a humanidade e contra todas as religiões", disse o ministro russo, que também pediu a união das forças contra o terrorismo internacional e o fim da utilização de grupos que o praticam para obter ganhos políticos.
O Ministério da Saúde da Rússia elevou hoje para 14 o número de mortos no atentado, no qual mais de 50 pessoas também resultaram feridas.
Em prevenção a novos atentados, as autoridades reforçaram as medidas de segurança em toda a cidade, assim como na capital do país, tanto no transporte como em edifícios públicos, como em praças, escolas e creches.
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