Premiê da República Democrática do Congo renuncia como parte de acordo
Kinshasa, 6 abr (EFE).- O primeiro-ministro da República Democrática do Congo (RDC), Samy Badibanga, renunciou ao cargo nesta quinta-feira como parte de um acordo político que tenta retomar de novo o diálogo entre o governo e a oposição para pôr fim à crise política no país.
Com a renúncia de Badibanga, o presidente congolês, Joseph Kabila, nomeará amanhã o sucessor com o objetivo de iniciar uma nova rodada de negociações com toda a oposição, com a mediação da Conferência Episcopal.
Em uma tentativa de pôr fim à crise, Badibanga, líder opositor, foi nomeado premiê no final de novembro, e anunciou a formação de um novo governo que tinha 67 ministros e vice-ministros, com figuras da oposição e da sociedade civil.
Alguns grupos opositores assinaram em 31 de dezembro do ano passado um acordo com o governo no qual aceitavam que Kabila continuasse no governo até a realização de eleições em troca de o pleito acontecer em 2017.
No entanto, este acordo foi rejeitado por alguns partidos de oposição, que não aceitaram o atraso das eleições presidenciais por considerá-lo uma manobra do presidente para evitar deixar o poder.
Nos últimos meses, a tensão e as divergências políticas aumentaram no país, onde as negociações foram rompidas no final de março após a retirada do principal mediador, a Conferência Episcopal.
Os bispos justificaram sua decisão pela estagnação do diálogo, e pediram a Kabila que se envolvesse pessoalmente em encontrar uma solução.
Na última segunda-feira, a oposição paralisou a capital congolesa, Kinshasa, e pediu aos habitantes que ficassem em casa para exigir a saída do presidente.
Os protestos para pedir a renúncia do presidente se intensificaram em setembro de 2016 em Kinshasa, onde morreram mais de 50 pessoas, e duraram até dezembro, quando outras 40 foram assassinadas, segundo a ONU.
Kabila dirige o país desde 2001, quando chegou ao poder após o assassinato de seu pai, Laurent-Désiré Kabila, e venceu as duas eleições presidenciais realizadas até o momento (2006 e 2011).
Com o término de dois mandatos de cinco anos, limite fixado pela Constituição congolesa para permanência na chefia de Estado, Kabila pode se tornar mais um líder africano a tentar se perpetuar no poder contra a lei, como Pierre Nkurunziza, em Burundi, e Paul Kagame, em Ruanda.
Com a renúncia de Badibanga, o presidente congolês, Joseph Kabila, nomeará amanhã o sucessor com o objetivo de iniciar uma nova rodada de negociações com toda a oposição, com a mediação da Conferência Episcopal.
Em uma tentativa de pôr fim à crise, Badibanga, líder opositor, foi nomeado premiê no final de novembro, e anunciou a formação de um novo governo que tinha 67 ministros e vice-ministros, com figuras da oposição e da sociedade civil.
Alguns grupos opositores assinaram em 31 de dezembro do ano passado um acordo com o governo no qual aceitavam que Kabila continuasse no governo até a realização de eleições em troca de o pleito acontecer em 2017.
No entanto, este acordo foi rejeitado por alguns partidos de oposição, que não aceitaram o atraso das eleições presidenciais por considerá-lo uma manobra do presidente para evitar deixar o poder.
Nos últimos meses, a tensão e as divergências políticas aumentaram no país, onde as negociações foram rompidas no final de março após a retirada do principal mediador, a Conferência Episcopal.
Os bispos justificaram sua decisão pela estagnação do diálogo, e pediram a Kabila que se envolvesse pessoalmente em encontrar uma solução.
Na última segunda-feira, a oposição paralisou a capital congolesa, Kinshasa, e pediu aos habitantes que ficassem em casa para exigir a saída do presidente.
Os protestos para pedir a renúncia do presidente se intensificaram em setembro de 2016 em Kinshasa, onde morreram mais de 50 pessoas, e duraram até dezembro, quando outras 40 foram assassinadas, segundo a ONU.
Kabila dirige o país desde 2001, quando chegou ao poder após o assassinato de seu pai, Laurent-Désiré Kabila, e venceu as duas eleições presidenciais realizadas até o momento (2006 e 2011).
Com o término de dois mandatos de cinco anos, limite fixado pela Constituição congolesa para permanência na chefia de Estado, Kabila pode se tornar mais um líder africano a tentar se perpetuar no poder contra a lei, como Pierre Nkurunziza, em Burundi, e Paul Kagame, em Ruanda.
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