Policiais encontram bomba em caminhão de atentado em Estocolmo, diz TV sueca
Estocolmo, 8 abr (EFE).- A polícia da Suécia teria encontrado explosivos não detonados no caminhão utilizado na sexta-feira no atentado em Estocolmo, que deixou quatro mortos e 15 feridos, informou neste sábado a emissora pública "SVT".
A emissora afirma que as forças de segurança acharam uma bolsa com uma bomba de fabricação caseira no interior do caminhão que atropelou uma multidão e depois se chocou contra um centro comercial, provocando o incêndio do veículo.
A informação é baseada no testemunho de vários policiais que participam da investigação do ataque, segundo o canal "SVT", mas não foi confirmada oficialmente pela polícia.
As forças de segurança prenderam uma pessoa pelo ataque e consideram que "provavelmente" foi ele quem conduziu o caminhão, disse Lars Bystrom, porta-voz da polícia de Estocolmo.
De acordo com o jornal "Aftonbladet", o suspeito é um homem de 39 anos, natural do Uzbequistão, cujas características se assemelham com as imagens divulgadas anteriormente pela polícia. Ele teria mostrado simpatia pelo Estado Islâmico (EI) nas redes sociais. Essas informações não foram confirmadas pela polícia.
O jornal afirma que o homem se declarou culpado e que, no momento de sua prisão em Marsta, no norte de Estocolmo, tinha vestígios de vidros em sua roupa e usava uma máscara de esqui.
Anteriormente, a Promotoria sueca informou que tinha indiciado o detido por suposto crime de terrorismo contra o detido.
O ataque ocorreu pouco antes das 15h (horário local, 10h em Brasília) na entrada principal da Ahléns, uma famosa loja de departamento no centro de Estocolmo, na principal rua de pedestres (Drottninggatan), atropelando várias pessoas.
O caminhão, roubado minutos antes do atentado, foi rebocado neste sábado para ser analisado pelos técnicos, informou a polícia, que segue isolando várias zonas do centro da capital.
A Suécia decidiu reforçar os controles de fronteira durante dez dias, prorrogáveis, para impedir que "o autor e eventuais colaboradores possam abandonar o país", segundo disse em entrevista à emissora pública o ministro do Interior sueco, Anders Ygeman.
Ataques com veículos
O ataque em Estocolmo lembra os atentados de Londres, Berlim e Nice, no sul da França, cujos autores lançaram seus veículos contra multidões. Em dezembro, 12 pessoas morreram depois que um homem usou um caminhão roubado para avançar contra as pessoas que passeavam por uma feira de Natal em Berlim.
No dia 22 de março, Khalid Masood, um britânico de 52 anos convertido ao Islã e conhecido dos Serviços de Segurança, matou cinco pessoas, atropelando-as com um carro na calçada da ponte de Westminster. Depois disso, esfaqueou um policial até a morte na frente do Parlamento. O autor do, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), foi morto pela polícia.
O ataque mais mortífero deste tipo nos últimos meses foi o de 14 de julho de 2016, em Nice, quando uma pessoa atropelou uma multidão que assistia aos fogos de artifício durante a festa nacional francesa. O atentado deixou 86 mortos.
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