Principal partido opositor turco pede cancelamento do referendo
Ancara, 17 abr (EFE).- O social-democrata Partido Republicano do Povo (CHP), a principal formação opositora da Turquia, anunciou nesta segunda-feira que pedirá o cancelamento do referendo realizado no domingo, no qual 51,4% dos eleitores disseram "sim" à reforma constitucional para introduzir um sistema presidencialista.
Segundo o vice-presidente do CHP, Bulent Tezcan, a validade do ajustado resultado está pendente pelas "várias" irregularidades ocorridas na votação".
"Só há uma decisão (possível) que poria fim aos debates sobre a legitimidade" do resultado, que é "o cancelamento do referendo pela Suprema Junta Eleitoral", disse Tezcan em coletiva de imprensa na sede de seu partido em Ancara.
A oposição tinha prometido ontem impugnar pelo menos 2,5 milhões de votos que consideram suspeitos, algo que poderia dar uma reviravolta ao resultado, no qual o "sim" ganhou com uma diferença de 1,25 milhão de votos.
Mas o presidente da Suprema Junta Eleitoral, Sadi Güven, rejeitou hoje que esses votos, que carecem do selo da mesa eleitoral, possam ser falsos.
Tezcan reiterou, no entanto, a acusação a essa corte eleitoral de não cumprir com o que estabelece explicitamente a legislação ao aceitar esses votos.
E agora denunciou, adicionalmente, que em "muitos lugares", especialmente nas regiões do leste e sudeste do país, onde se concentra a população curda e os colégios eleitorais fecharam mais cedo, houve votação sem a presença de observadores ou representantes da oposição
"Este referendo de 2017 passará para a história como o que teve os votos apurados de forma secreta", sublinhou o dirigente político, prometendo que seu partido levará o caso perante o Tribunal Constitucional se a Suprema Junta Eleitoral não reagir.
Inclusive, firmou que em última instância está disposto a recorrer ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos.
Segundo o vice-presidente do CHP, Bulent Tezcan, a validade do ajustado resultado está pendente pelas "várias" irregularidades ocorridas na votação".
"Só há uma decisão (possível) que poria fim aos debates sobre a legitimidade" do resultado, que é "o cancelamento do referendo pela Suprema Junta Eleitoral", disse Tezcan em coletiva de imprensa na sede de seu partido em Ancara.
A oposição tinha prometido ontem impugnar pelo menos 2,5 milhões de votos que consideram suspeitos, algo que poderia dar uma reviravolta ao resultado, no qual o "sim" ganhou com uma diferença de 1,25 milhão de votos.
Mas o presidente da Suprema Junta Eleitoral, Sadi Güven, rejeitou hoje que esses votos, que carecem do selo da mesa eleitoral, possam ser falsos.
Tezcan reiterou, no entanto, a acusação a essa corte eleitoral de não cumprir com o que estabelece explicitamente a legislação ao aceitar esses votos.
E agora denunciou, adicionalmente, que em "muitos lugares", especialmente nas regiões do leste e sudeste do país, onde se concentra a população curda e os colégios eleitorais fecharam mais cedo, houve votação sem a presença de observadores ou representantes da oposição
"Este referendo de 2017 passará para a história como o que teve os votos apurados de forma secreta", sublinhou o dirigente político, prometendo que seu partido levará o caso perante o Tribunal Constitucional se a Suprema Junta Eleitoral não reagir.
Inclusive, firmou que em última instância está disposto a recorrer ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos.
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