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Acusado de terrorismo, cubano é condenado à prisão perpétua nos EUA

18/04/2017 18h59

Miami (EUA), 18 abr (EFE).- O cubano Harlem Suárez, considerado culpado de tentar detonar uma bomba em uma praia da Flórida e de fornecer materiais de apoio ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI), foi condenado à prisão perpétua, informou nesta terça-feira a promotoria dos Estados Unidos.

O juiz José Martínez Suárez determinou hoje que Suárez, de 25 anos, deverá passar o resto da sua vida na prisão, tal como solicitou a promotoria, que tinha afirmado ontem que esse seria um castigo "totalmente justo e razoável" para seus delitos.

Suárez foi sentenciado à prisão perpétua pela acusação de tentar usar uma arma de destruição em massa, e, além disso, a 20 anos de prisão por tentar fornecer apoio a um grupo terrorista, detalhou a promotoria.

A promotoria apresentou durante o processo as gravações das conversas que o acusado teve com os oficiais encobertos do FBI, nas quais falavam do artefato explosivo.

Suárez, considerado culpado em janeiro deste ano por uma corte de Los Cayos, na Flórida, alegou durante o processo que nunca teve intenções reais de detonar uma bomba, que se sentiu com medo e intimidado pela polícia, e que seu interesse era apenas conhecer, por curiosidade, a forma como opera o EI.

Desde o início do processo, os advogados da defesa tentaram evitar as acusações de terrorismo ao argumentar que seu cliente tem problemas mentais.

Suárez foi detido em meados de 2015 pelo FBI após ser vigiado desde abril daquele ano, quando os agentes se deram conta de que em sua conta de Facebook fazia comentários de apoio ao EI.

De acordo com a promotoria, o cubano se reuniu com um informante encoberto do FBI em múltiplas ocasiões com a intenção de efetuar um ataque no país em nome do EI após publicar uma série de mensagens violentas a favor do grupo terrorista no Facebook, sob o nome de "Almlak Benítez".