HRW pede que "tirania" da Venezuela dialogue com democracias da A.Latina
Washington, 18 abr (EFE).- A organização humanitária Human Rights Watch (HRW) afirmou nesta terça-feira que a "tirania" da Venezuela deve dialogar com as democracias da América Latina porque, até agora, houve "uma fórmula errada" de "ficção de diálogo" entre o governo e a oposição, que deu "oxigênio" ao presidente Nicolás Maduro.
"O diálogo deve ser entre as democracias latino-americanas e o regime de tirania de Maduro, não um diálogo onde está a vítima, a oposição e a sociedade civil, com seu algoz (o governo), que concentra todo o poder", disse hoje José Miguel Vivanco, diretor para as Américas da HRW em coletiva de imprensa em Washington.
Vivanco considerou que, até agora, o que existiu "não é uma pressão regional", mas "uma fórmula profundamente errada de diálogo promovida por vários países da região entre a oposição e o governo como se o problema da Venezuela fosse falta de diálogo entre oposição e governo".
"Esta não é a situação da Venezuela", prosseguiu o diretor da HRW. "Um diálogo com uma assimetria tão grande, com um governo que controla tudo, é um monólogo, não é um diálogo", acrescentou Vivanco.
O diretor da ONG opinou que "por esse motivo, não houve resultados" e, "enquanto se manteve uma ficção de diálogo, o número de prisioneiros políticos aumentou e a Suprema Corte se atreveu a retirar as competências da Assembleia (Nacional) como Congresso".
"Esses são os frutos do diálogo promovido por (o ex-presidente espanhol José Luis Rodríguez) Zapatero, pela Unasul sob a direção de (Ernesto) Samper e por alguns países da região, incluindo a Argentina, enquanto sua chanceler (Susana Malcorra) se apresentava como candidata a ocupar a Secretaria Geral da ONU", indicou Vivanco.
"Essa fórmula permitiu que Maduro ganhasse oxigênio, conseguisse a maior concentração de poder que existe na América do Sul, um governo que perdeu, inclusive, sua fachada democrática", acrescentou o diretor da HRW.
Além disso, Vivanco afirmou que Maduro "não está aberto ao diálogo" e "se posiciona de maneira autoritária", reagindo como "um valentão, alguém que agride e ataca em resposta às críticas" que recebe.
"E isso deu resultados durante os mais de 17 anos que estão no poder, estigmatizar e desprestigiar os que se atrevem a formular uma crítica contra eles", comentou Vivanco.
"Com um regime que opera sobre essas premissas delirantes é muito difícil estabelecer um diálogo, apenas a pressão multilateral fará com que mude seu discurso, acreditar outra opção seria ingênuo", acrescentou o diretor da HRW.
Vivanco também considerou que agora, "graças, em boa parte, à liderança de Luis Almagro", secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), "e de alguns países como Canadá, México, Brasil e Peru", "a pressão está aumentando" e "o regime está cada vez mais isolado e desprestigiado".
O diretor da HRW pediu "medidas firmes" na OEA para pressionar Maduro a "deixar de negar a crise humanitária e a tomar medidas a respeito", porque "a crise na Venezuela já está tendo impacto em outros países da região".
Isso é o que mostra a HRW em um relatório publicado hoje sobre o êxodo de venezuelanos ao Brasil: o número de emigrantes que partem rumo ao país vizinho quintuplicou desde 2014.
"O diálogo deve ser entre as democracias latino-americanas e o regime de tirania de Maduro, não um diálogo onde está a vítima, a oposição e a sociedade civil, com seu algoz (o governo), que concentra todo o poder", disse hoje José Miguel Vivanco, diretor para as Américas da HRW em coletiva de imprensa em Washington.
Vivanco considerou que, até agora, o que existiu "não é uma pressão regional", mas "uma fórmula profundamente errada de diálogo promovida por vários países da região entre a oposição e o governo como se o problema da Venezuela fosse falta de diálogo entre oposição e governo".
"Esta não é a situação da Venezuela", prosseguiu o diretor da HRW. "Um diálogo com uma assimetria tão grande, com um governo que controla tudo, é um monólogo, não é um diálogo", acrescentou Vivanco.
O diretor da ONG opinou que "por esse motivo, não houve resultados" e, "enquanto se manteve uma ficção de diálogo, o número de prisioneiros políticos aumentou e a Suprema Corte se atreveu a retirar as competências da Assembleia (Nacional) como Congresso".
"Esses são os frutos do diálogo promovido por (o ex-presidente espanhol José Luis Rodríguez) Zapatero, pela Unasul sob a direção de (Ernesto) Samper e por alguns países da região, incluindo a Argentina, enquanto sua chanceler (Susana Malcorra) se apresentava como candidata a ocupar a Secretaria Geral da ONU", indicou Vivanco.
"Essa fórmula permitiu que Maduro ganhasse oxigênio, conseguisse a maior concentração de poder que existe na América do Sul, um governo que perdeu, inclusive, sua fachada democrática", acrescentou o diretor da HRW.
Além disso, Vivanco afirmou que Maduro "não está aberto ao diálogo" e "se posiciona de maneira autoritária", reagindo como "um valentão, alguém que agride e ataca em resposta às críticas" que recebe.
"E isso deu resultados durante os mais de 17 anos que estão no poder, estigmatizar e desprestigiar os que se atrevem a formular uma crítica contra eles", comentou Vivanco.
"Com um regime que opera sobre essas premissas delirantes é muito difícil estabelecer um diálogo, apenas a pressão multilateral fará com que mude seu discurso, acreditar outra opção seria ingênuo", acrescentou o diretor da HRW.
Vivanco também considerou que agora, "graças, em boa parte, à liderança de Luis Almagro", secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), "e de alguns países como Canadá, México, Brasil e Peru", "a pressão está aumentando" e "o regime está cada vez mais isolado e desprestigiado".
O diretor da HRW pediu "medidas firmes" na OEA para pressionar Maduro a "deixar de negar a crise humanitária e a tomar medidas a respeito", porque "a crise na Venezuela já está tendo impacto em outros países da região".
Isso é o que mostra a HRW em um relatório publicado hoje sobre o êxodo de venezuelanos ao Brasil: o número de emigrantes que partem rumo ao país vizinho quintuplicou desde 2014.
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