Partido da oposição turco pode deixar Parlamento em protesto por referendo
Ancara, 19 abr (EFE).- O social-democrata CHP, principal partido da oposição turca, advertiu nesta quarta-feira que pode abandonar o Parlamento para denunciar a manipulação no referendo no qual foi aprovada no domingo a implantação de um sistema presidencialista no país.
"Temos certeza de que o 'não' à reforma constitucional ganhou. Defenderemos os direitos de 24 milhões de eleitores usando todos os meios democráticos. Se não nos deixarem outra opção, inclusive deixaremos o Parlamento", afirmou à Agência Efe Seyit Torun, vice-presidente do CHP.
Este partido impugnou ontem o resultado do referendo, no qual a reforma constitucional venceu com 51,4% dos votos, frente aos 48,6% dos que se opunham à reforma que outorga ao chefe do Estado a totalidade do poder executivo.
A diferença é de apenas 1,3 milhão de votos, mas o CHP considera que 2,5 milhões de votos foram contabilizados de forma ilegal, já que não estavam devidamente selados pelas mesas eleitorais.
Selin Sayek Böke, também vice-presidente do Partido Republicano do Povo (CHP), se referiu à possibilidade de abandonar o Parlamento, onde esta formação é a segunda com mais cadeiras, 133, atrás das 317 do governamental e islamita Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP).
"O que foi roubada é a vontade do povo. Não reconhecemos o resultado deste referendo e nunca reconheceremos", assegurou Böke em declaração aos meios.
"Usaremos todos os direitos democráticos e, quando digo isto, incluo deixar o Parlamento", advertiu.
Böke, que assegurou que sua formação não se renderá perante "fatos consumados", lamentou que seja a primeira vez que a legitimidade de um processo eleitoral é questionada em Turquia.
A Junta Eleitoral Central (YSK), que insistiu ontem que não houve ilegalidade em aceitar essas cédulas não seladas, assegurou que avaliará hoje as acusações de irregularidades no referendo.
A missão de observadores internacionais também disse que aceitar essas cédulas vulnera a lei.
É esperado que a YSK divulgue os resultados definitivos na semana que vem.
"Temos certeza de que o 'não' à reforma constitucional ganhou. Defenderemos os direitos de 24 milhões de eleitores usando todos os meios democráticos. Se não nos deixarem outra opção, inclusive deixaremos o Parlamento", afirmou à Agência Efe Seyit Torun, vice-presidente do CHP.
Este partido impugnou ontem o resultado do referendo, no qual a reforma constitucional venceu com 51,4% dos votos, frente aos 48,6% dos que se opunham à reforma que outorga ao chefe do Estado a totalidade do poder executivo.
A diferença é de apenas 1,3 milhão de votos, mas o CHP considera que 2,5 milhões de votos foram contabilizados de forma ilegal, já que não estavam devidamente selados pelas mesas eleitorais.
Selin Sayek Böke, também vice-presidente do Partido Republicano do Povo (CHP), se referiu à possibilidade de abandonar o Parlamento, onde esta formação é a segunda com mais cadeiras, 133, atrás das 317 do governamental e islamita Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP).
"O que foi roubada é a vontade do povo. Não reconhecemos o resultado deste referendo e nunca reconheceremos", assegurou Böke em declaração aos meios.
"Usaremos todos os direitos democráticos e, quando digo isto, incluo deixar o Parlamento", advertiu.
Böke, que assegurou que sua formação não se renderá perante "fatos consumados", lamentou que seja a primeira vez que a legitimidade de um processo eleitoral é questionada em Turquia.
A Junta Eleitoral Central (YSK), que insistiu ontem que não houve ilegalidade em aceitar essas cédulas não seladas, assegurou que avaliará hoje as acusações de irregularidades no referendo.
A missão de observadores internacionais também disse que aceitar essas cédulas vulnera a lei.
É esperado que a YSK divulgue os resultados definitivos na semana que vem.
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