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Anistia pede que governo venezuelano garanta direito de protesto pacífico

Ferido recebe ajuda de manifestante durante protesto contra Maduro - Carlos Garcia Rawlins/ Reuters
Ferido recebe ajuda de manifestante durante protesto contra Maduro Imagem: Carlos Garcia Rawlins/ Reuters

No México

20/04/2017 02h35

A Anistia Internacional (AI) pediu nesta quarta-feira (20) que o governo da Venezuela garanta o direito de sua população protestar pacificamente e alertou que o aumento da violência nas manifestações pode mergulhar o país em uma crise de difícil retorno.

"Sair para rua em um dia de manifestação na Venezuela não deve ser uma sentença de morte", disse a diretora para as Américas da AI, Erika Guevara-Rosas, após relatos de que pelo menos três pessoas morreram nos protestos no país.

A Anistia disse que, além de garantir o direito da população de expressar suas opiniões pacificamente, as autoridades devem investigar de "maneira urgente" as denúncias de abusos aos direitos humanos cometidos durante as manifestações.

A organização considerou que o crescimento da violência e da repressão está mergulhando a Venezuela em "uma crise de difícil retorno, que ameaça a vida e segurança dos venezuelanos".

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Imagem: Ariana Cubillos/AP

Erika Rosas classificou de "receita tóxica" e chamou de "trágica" a combinação do aumento da violência, repressão descontrolada e falta de ação por parte das autoridades para garantir a liberdade de expressão e Justiça.

Dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados atenderam às convocações da oposição e do chavismo, para atos contra e a favor do governo, no feriado pela comemoração dos 207 anos de um evento popular, considerado o primeiro passo para a independência da Venezuela.
 

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Policiais e manifestantes entram em confronto durante protesto em Caracas
Imagem: Juan Barreto/ AFP