Camarões restabelece internet em regiões anglófonas após 3 meses de corte
Yaundé, 20 abr (EFE).- O presidente de Camarões, Paul Biya, autorizou nesta quinta-feira o restabelecimento do serviço de internet nas duas regiões anglófonas do país, depois de mais de três meses com a conexão cortada para reprimir os protestos contra a suposta marginalização dos falantes de inglês nesta nação onde a maioria da população fala francês.
A decisão de voltar a permitir o uso da rede nas regiões anglófonas foi anunciada hoje pelo ministro das Comunicações, Issa Tchiroma Bakary, que também falou das razões da proibição.
"Foi uma resposta à mensagem de ódio e de incitação a atos violentos", afirmou Bakary sobre o corte nas regiões Noroeste e Sudoeste decretado pelo governo em janeiro.
As autoridades camaronesas bloquearam a internet nestas duas regiões meses depois de advogados, professores e estudantes se declararem em greve para se queixar de supostos abusos dos direitos dos anglófonos no país.
A reivindicação - que incluía a demanda de um estado federal nesta parte de Camarões - foi expressa também pelos cidadãos em várias manifestações, que registraram vários mortos em enfrentamentos com a polícia e detenções em massa.
Duas organizações cívicas que defendem a causa anglófona no país foram proibidas e seus líderes continuam detidos.
O francês é a língua franca em oito das dez regiões administrativas de Camarões, que se formou como Estado na década de 1960 aglutinando territórios colonizados por França e Reino Unido.
Muitos camaroneses anglófonos denunciam que sofrem discriminação e são excluídos de cargos públicos por não falarem francês fluentemente.
A decisão de voltar a permitir o uso da rede nas regiões anglófonas foi anunciada hoje pelo ministro das Comunicações, Issa Tchiroma Bakary, que também falou das razões da proibição.
"Foi uma resposta à mensagem de ódio e de incitação a atos violentos", afirmou Bakary sobre o corte nas regiões Noroeste e Sudoeste decretado pelo governo em janeiro.
As autoridades camaronesas bloquearam a internet nestas duas regiões meses depois de advogados, professores e estudantes se declararem em greve para se queixar de supostos abusos dos direitos dos anglófonos no país.
A reivindicação - que incluía a demanda de um estado federal nesta parte de Camarões - foi expressa também pelos cidadãos em várias manifestações, que registraram vários mortos em enfrentamentos com a polícia e detenções em massa.
Duas organizações cívicas que defendem a causa anglófona no país foram proibidas e seus líderes continuam detidos.
O francês é a língua franca em oito das dez regiões administrativas de Camarões, que se formou como Estado na década de 1960 aglutinando territórios colonizados por França e Reino Unido.
Muitos camaroneses anglófonos denunciam que sofrem discriminação e são excluídos de cargos públicos por não falarem francês fluentemente.
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