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Bombardeios turcos deixam 3 combatentes da milícia curdo-síria mortos

25/04/2017 05h27

Cairo, 25 abr (EFE).- Pelo menos três combatentes da principal milícia curdo-síria, as Unidades de Proteção do Povo (YPG, sigla em curdo), morreram nesta terça-feira por conta de bombardeios turcos contra suas bases no norte da Síria, segundo informações do Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Os ataques tinham como alvo uma de suas sedes, bem como uma emissora de rádio e um centro de informação das YPG, entre outros lugares, na região de Karachok, perto da fronteira com Iraque, disse a ONG.

Já as YPG confirmaram que houve mortos e feridos nos bombardeios de "grande escala" realizados por parte de aviões turcos contra a base de seu comando geral e outros pontos no norte da Síria.

Em um comunicado, as YPG disseram que os ataques, além da sede, situada no monte Karachok, perto da cidade de Derik, tiveram como alvo, um centro de informação, uma emissora de rádio local, uma base de comunicações e várias instituições militares.

A nota afirma que os bombardeios aconteceram por volta das 2h (hora local).

As YPG classificaram o ataque como "covarde" e afirmam que não vai impedir sua "determinação e sua vontade" de lutar contra o terrorismo".

O Estado Maior do Exército da Turquia anunciou hoje em um comunicado que sua força aérea atacou alvos das YPG e do proscrito Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), no Iraque.

É a primeira vez que o exército turco ataca essas regiões, ao afirmando que eles se tornaram "autênticos ninhos de terroristas", diz a nota.

Turquia advertiu de que não permitirá que as YPG e sua organização política, o Partido da União Democrática (PYD), se fortaleçam ao longo de sua fronteira com a Síria.

As YPG estão apoiadas pelos EUA e outros países em sua luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria, mas Ancara as considera "extensões do PKK" e, portanto, organização terrorista. EFE

ssa/phg