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Terceiro ataque no norte do Quênia em 48 horas mata cinco policiais

25/05/2017 14h24

Nairóbi, 25 mai (EFE).- Pelo menos cinco policiais morreram nesta quinta-feira em uma explosão no norte do Quênia, onde nas últimas 48 horas morreram no total 14 agentes em três ataques diferentes perpetrados perto da fronteira com a Somália, informaram os meios locais.

A explosão ocorreu na manhã desta quinta-feira durante a passagem de um veículo policial em uma estrada próxima à cidade de Liboi, no condado de Garissa.

Dois polícias morreram no ato e outros três algumas horas mais tarde em consequência da gravidade dos ferimentos, precisaram fontes policiais ao jornal "Daily Nation".

Ontem, também em Liboi, quatro polícias morreram e oito pessoas ficaram feridas depois da explosão de uma mina terrestre colocada em uma estrada.

Horas depois, outros cinco agentes perderam a vida em uma explosão durante a passagem de um veículo de segurança na zona de Simo (norte), quando escoltavam o governador de Mandera, Ali Ibrahim, que se dirigia a um comício de campanha eleitoral.

O grupo jihadista Al Shabab reivindicou a autoria dos três ataques feitos nas últimas 48 horas, disseram meios locais.

Esta onda de ataques ocorre depois que o inspetor geral da polícia, Joseph Boinnet, advertiu sobre a presença de membros do grupo terrorista Al Shabab no Quênia, onde estariam planejando ataques.

"Estes grupos estão enviando membros a algumas zonas do nordeste para colocar artefatos explosivos improvisados (IED, em inglês) ao longo das rotas utilizadas pelas nossas patrulhas com o objetivo de frustrar nossas operações de segurança nas áreas fronteiriças", disse Boinnet.

Na zona fronteiriça do Quênia com a Somália, que costuma sofrer ataques da Al Shabab, está mantido o toque de recolher desde o anoitecer ao amanhecer, já que os terroristas fazem incursões através da porosa fronteira.

O Al Shabab, que aderiu formalmente à Al Qaeda em 2012, matou cerca de 500 pessoas no Quênia desde abril de 2013 em represália pelo envio de tropas à Somália para combater o jihadismo.

O pior atentado do Al Shabab em território queniano ocorreu em abril de 2015, quando 148 pessoas morreram no ataque de um comando terrorista à Universidade de Garissa (norte do Quênia), cujas instalações mantiveram sob controle durante 16 horas.