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Alabama executa preso de 75 anos que tinha evitado a pena 7 vezes

26/05/2017 02h53

Washington, 26 mai (EFE).- O estado do Alabama executou nesta sexta-feira Thomas Arthur, um preso de 75 anos que tinha travado uma longa batalha legal com a qual tinha evitado a injeção letal sete vezes desde o ano de 2001.

Arthur foi declarado morto às 0h15 (horário local, 2h15 em Brasília) após receber uma injeção letal na prisão Holman de Atmore, segundo notificou o Departamento de Correções do Alabama.

Arthur foi condenado à morte e executado por assassinar no dia 1 de fevereiro de 1982 Troy Wicker, marido de sua então amante, Judy, tendo recebido US$ 10.000, um crime do qual sempre se declarou inocente.

No momento do assassinato, Arthur cumpria uma condenação de prisão perpétua por matar em 1977 sua cunhada com um tiro, mas participava de um programa de reinserção trabalhista para presos.

Foi durante a sua participação no programa que começou o romance com Judy Wicker.

No dia que Troy foi morto, Judy disse à Polícia que um afro-americano tinha entrado na sua casa de Muscle Shoals, assassinado seu marido e a estuprado.

As autoridades, no entanto, não acreditaram nessa versão e a acusaram de contratar Arthur para cometer o crime com o objetivo de cobrar o seguro de vida de seu marido.

Ela foi condenada à prisão perpétua, ainda que tenha sido libertada após cumprir dez anos de prisão após acusar Arthur, que por sua vez já estava condenado à morte.

Em 1986, Arthur fugiu da prisão após atirar em um guarda - que sobreviveu - no pescoço e escapou para o Tennessee, onde foi detido semanas depois por roubar um banco.

O Alabama tinha tentado executá-lo em 2001, 2003, 2007, 2008, 2012, 2014 e 2016, mas ele conseguiu evitar sua morte com múltiplos recursos.

Os seus advogados também tinham apresentado nesta quinta-feira recursos ao Tribunal Supremo, mas após horas de deliberação a maioria de juízes deram sinal verde para a execução.

Arthur foi o 12º preso executado este ano nos EUA e o de número 1.454 desde que o Tribunal Supremo reinstaurou há quatro décadas a pena de morte.