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G7 pede a Irã e Rússia para pressionar Assad por fim de conflito na Síria

26/05/2017 16h26

Taormina (Itália), 26 mai (EFE).- Os líderes do G7 pediram nesta sexta-feira à Rússia e ao Irã, que apoiam o regime do presidente da Síria, Bashar al Assad, que utilizem sua influência para conseguir um cessar-fogo no país e abrir caminho para uma solução política do conflito iniciado em 2011.

"No caso da Síria, concordamos que será impossível derrotar o terrorismo sem um acordo político que leve a uma transição estável longe do presidente Al Assad", disse a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, em uma entrevista coletiva ao término da primeira rodada da cúpula do G7 que está sendo realizada na Itália.

May afirmou que os membros do fórum - Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Japão, Itália, Alemanha e França - avaliam os "progressos" para uma diminuição da intensidade do conflito, mas pedem esforços dos aliados do presidente sírio.

"Está claro que os regimes que o apoiam, a Rússia e o Irã, devem utilizar sua influência para conseguir um cessar-fogo e avançar para um autêntico progresso político", disse May.

O acordo entre os líderes do G7 não representa uma "mudança de direção" ou uma nova iniciativa para tentar resolver a guerra na Síria, explicaram fontes da presidência francesa, mas sim um "compromisso reafirmado" sobre a região.

Para a França, que teve o presidente Emmanuel Macron como líder do debate sobre a Síria, a questão relevante era "harmonizar" a posição dos sete países sobre o assunto, em um momento que quatro deles - Itália, Reino Unido, EUA e a própria França - tem novos presidentes ou primeiros-ministros.

Nesse sentido, os líderes do G7 concordaram em seguir "desafiando as atividades desestabilizadoras" do Irã tanto na Síria como no resto da região, disse May na entrevista coletiva. Segundo a premiê britânica, os países também estão comprometidos em evitar que Teerã adquira capacidades de armamento nuclear.

Boa parte do início da cúpula do G7 foi destinado a temas de política externa, com particular atenção às situações na Síria, Líbia e Coreia do Norte. Os líderes condenaram os contínuos testes nucleares e com mísseis balísticos de Pyongyang e acertaram incrementar a pressão sobre o regime de Kim Jong-un para garantir uma solução pacífica para a região.

A situação na Líbia, por sua vez, ganhou importância depois das investigações sobre o atentado da última segunda-feira em Manchester terem revelado que o terrorista suicida, um britânico de origem líbia, tinha conexões em seu país de oirgem.

"Esses fatos puseram o foco sobre esse espaço quase ingovernável às margens da Europa. Devemos redobrar nosso apoio ao esforço liderado pela ONU, que leva todas as partes à mesa de negociação e reduz a ameaça do terror na região", disse May.