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ANP denuncia "judaização" de Jerusalém Oriental e pede que ONU intervenha

29/05/2017 15h56

Jerusalém, 29 mai (EFE). - A Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) denunciou nesta segunda-feira o que considera a "judaização" do Jerusalém Oriental e pediu ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que paralise o projeto do teleférico, anunciado ontem, que ligará a região ao Muro das Lamentações.

"Estes procedimentos incluem a alocação de milhões de dólares para financiar projetos de 'judaização' no leste de Jerusalém", indica em comunicado o Ministério de Exteriores palestino, divulgado pela agência palestina "Wafa".

O ministério se refere entre outros a projetos como "a construção de um teleférico, a expansão dos assentamentos colonizadores na cidade e túneis, elevadores e passagens para conectar o Muro do Buraq (Muro das Lamentações) ao bairro judeu".

A ANP respondeu assim aos planos aprovados durante uma incomum reunião de ministros israelenses realizada ontem nos túneis do Muro das Lamentações, no subsolo da Cidade Velha, na zona leste de Jerusalém, ocupada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Na nota, o órgão criticou estas medidas ao entender que "mina qualquer possibilidade de paz ou de solução de dois estados, Israel e Palestina, e de viver em convivência".

"Pedimos ao Conselho de Segurança da ONU e às partes envolvidas para defender sua responsabilidade legal e moral e tomar as medidas necessárias para forçar a Israel a parar esses planos", solicitou.

Por sua vez, o porta-voz da presidência palestina, Nabil Abu Rudeineh, advertiu que estas medidas conduzem a "eventos perigosos".

"Estas medidas arbitrárias prejudicam os esforços para reviver o processo de paz e conduzirão a maior tensão", avaliou, em referência ao compromisso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de apoiar a volta às negociações durante a sua visita à região na semana passada.