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Venezuela acusa EUA de estarem por trás de violência em protestos no país

06/06/2017 15h42

Genebra, 6 jun (EFE).- A Venezuela acusou nesta terça-feira os Estados Unidos de estarem por trás da "desestabilização e da violência" que abalam o país nos últimos meses e alertou que o governo de Nicolás Maduro não se submeterá aos "desejos de dominação" dos norte-americanos.

O governo da Venezuela reagiu dessa forma, através de seu embaixador na ONU em Genebra, Jorge Valero, a um discurso anterior da embaixadora dos EUA, Nikki Haley, na abertura da 35ª sessão do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da organização.

"Foi patética a intervenção da embaixadora do império. Ficou evidente, de maneira clara e inegável, quem está por trás da desestabilização e da violência criminosa na Venezuela", disse.

Mais cedo, Haley afirmou que a "indiferença e a inação" do CHD diante da crise da Venezuela prejudica a reputação do órgão e convidou o país a renunciar ao cargo que ocupa no conselho, o fórum multilateral mais importante em questões de direitos humanos.

Após os comentários, a Venezuela pediu o direito de réplica. Valero respondeu Haley expressando o orgulho venezuelano em participar do CDH e lembrou que este é o segundo mandato consecutivo do país no conselho.

O embaixador venezuelano considerou "insólito" que as acusações contra o governo de Maduro tenham partido do "império que massacrou povos com guerras preventivas e pratica tortura em centros de detenção ilegal".

Valero afirmou que os EUA deveriam não só renunciar ao posto no CDH, mas também "pedir ao mundo perdão pelas atrocidades que cometeu".

Desde o dia 1º de abril, a Venezuela vive uma onda de manifestações contra e a favor do governo. Algumas delas terminaram em violência, o que já provocou a morte de 65 pessoas.