Cresce o número de usuários e vítimas dos derivados de ópio
Viena, 22 jun (EFE).- Cerca de 35 milhões de pessoas consumiram algum tipo de opioide (ópio, morfina, heroína e derivados sintéticos) em 2015, drogas que seguem causando o maior impacto negativo na saúde e cujo abuso alcançou dimensões epidêmicas nos Estados Unidos.
Este é um dos elementos destacados pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, sigla em inglês) em seu Relatório Mundial sobre Drogas de 2017 apresentado hoje.
"Os opioides (categoria que inclui todos os derivados da papoula, inclusive os sintéticos), entre eles a heroína, continuam sendo as drogas mais nocivas para a saúde", lembrou a UNODC em seu relatório.
Além do perigo de overdose, a ONU adverte que o consumo de opioides está associado ao risco de contrair doenças como a Aids, devido à prática perigosa de consumi-los através de injeções.
"O dano causado pelos opioides, um problema que aflige muitos países, fica especialmente claro nos Estados Unidos da América", exemplificou a UNODC em seu relatório.
Nesse país, o uso indevido de medicamentos opioides e o aumento do consumo de heroína e fentanil (um analgésico sintético 50 vezes mais potente que a heroína) "desencadeou uma epidemia combinada e inter-relacionada, bem como o aumento da morbidade e da mortalidade relacionada com os opioides".
Nos EUA, as mortes por overdose, a maioria derivada do uso de opioides, dispararam de 16.849 em 1999 para 52.404 de 2015.
Somente no ano passado, de acordo com o relatório, o número de vítimas cresceu 11,4%. Assim, os opioides provocam nos Estados Unidos mais mortes que os acidentes de trânsito e a violência.
A UNODC também situa os Estados Unidos como exemplo do complexo cenário apresentado pelo consumo de opioides, em que o abuso de drogas ilegais como a heroína se mistura com o de medicamentos de venda com receita controlada que são desviados dos circuitos legítimos ou falsificados diretamente.
O relatório indica que a produção mundial de ópio subiu 33% em 2016, para 6.380 toneladas, tanto devido ao aumento da superfície cultivada de papoula como pelo maior rendimento das plantações no Afeganistão, o principal produtor.
Apesar desse aumento, a produção não conseguiu superar a cifra recorde de 2014.
A UNODC detectou uma mudança nas rotas pelas quais a droga atravessa o Afeganistão e chega à Europa.
A conhecida "rota dos Balcãs" continua sendo a principal via de trânsito, mas, nos últimos anos, foi aberto um caminho alternativo através do Cáucaso, que evita a Turquia.
O aumento do fluxo migratório para a Europa Ocidental a partir da Turquia, através dos Balcãs, e o conseguinte reforço na segurança fronteiriça "pode ter obrigado os traficantes a buscarem novas opções".
Assim, a apreensão de heroína e morfina diminuiu na Bulgária, Grécia e Turquia entre 2014 e 2015, em comparação com o período 2012-2013, enquanto que aumentaram as remessas interceptadas na rota que passa por Armênia, Azerbaijão e Geórgia, e através do Mar Negro, da Ucrânia e da Romênia.
Este é um dos elementos destacados pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, sigla em inglês) em seu Relatório Mundial sobre Drogas de 2017 apresentado hoje.
"Os opioides (categoria que inclui todos os derivados da papoula, inclusive os sintéticos), entre eles a heroína, continuam sendo as drogas mais nocivas para a saúde", lembrou a UNODC em seu relatório.
Além do perigo de overdose, a ONU adverte que o consumo de opioides está associado ao risco de contrair doenças como a Aids, devido à prática perigosa de consumi-los através de injeções.
"O dano causado pelos opioides, um problema que aflige muitos países, fica especialmente claro nos Estados Unidos da América", exemplificou a UNODC em seu relatório.
Nesse país, o uso indevido de medicamentos opioides e o aumento do consumo de heroína e fentanil (um analgésico sintético 50 vezes mais potente que a heroína) "desencadeou uma epidemia combinada e inter-relacionada, bem como o aumento da morbidade e da mortalidade relacionada com os opioides".
Nos EUA, as mortes por overdose, a maioria derivada do uso de opioides, dispararam de 16.849 em 1999 para 52.404 de 2015.
Somente no ano passado, de acordo com o relatório, o número de vítimas cresceu 11,4%. Assim, os opioides provocam nos Estados Unidos mais mortes que os acidentes de trânsito e a violência.
A UNODC também situa os Estados Unidos como exemplo do complexo cenário apresentado pelo consumo de opioides, em que o abuso de drogas ilegais como a heroína se mistura com o de medicamentos de venda com receita controlada que são desviados dos circuitos legítimos ou falsificados diretamente.
O relatório indica que a produção mundial de ópio subiu 33% em 2016, para 6.380 toneladas, tanto devido ao aumento da superfície cultivada de papoula como pelo maior rendimento das plantações no Afeganistão, o principal produtor.
Apesar desse aumento, a produção não conseguiu superar a cifra recorde de 2014.
A UNODC detectou uma mudança nas rotas pelas quais a droga atravessa o Afeganistão e chega à Europa.
A conhecida "rota dos Balcãs" continua sendo a principal via de trânsito, mas, nos últimos anos, foi aberto um caminho alternativo através do Cáucaso, que evita a Turquia.
O aumento do fluxo migratório para a Europa Ocidental a partir da Turquia, através dos Balcãs, e o conseguinte reforço na segurança fronteiriça "pode ter obrigado os traficantes a buscarem novas opções".
Assim, a apreensão de heroína e morfina diminuiu na Bulgária, Grécia e Turquia entre 2014 e 2015, em comparação com o período 2012-2013, enquanto que aumentaram as remessas interceptadas na rota que passa por Armênia, Azerbaijão e Geórgia, e através do Mar Negro, da Ucrânia e da Romênia.
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