Caso Assange é uma das grandes "injustiças" na história, diz Correa
Montevidéu, 23 jun (EFE).- O ex-presidente do Equador Rafael Correa (2007-2017) disse nesta sexta-feira em uma entrevista à Agência Efe que o caso do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, asilado na embaixada do país em Londres há cinco anos, é uma das grandes "injustiças" da história recente.
"É uma das grandes ignomínias, injustiças e abusos da história recente. Se nós tivéssemos feito um décimo do que a Suécia fez, ou do que a Grã-Bretanha está fazendo, já estaríamos no Tribunal Penal de Haia e seríamos denunciados em todas as partes, mas como são eles, não acontece absolutamente nada", opinou.
Correa apontou que seu governo "nunca quis" impedir o avanço da Justiça sueca em relação à acusação de suposta violação que mantinha há sete anos contra o australiano e que era o motivo para que o Reino Unido tentasse detê-lo e enviá-lo às autoridades em Estocolmo.
"O que sempre quisemos, no nosso direito soberano, é garantir o devido processo", porque Julian Assange "estava ameaçado até de morte por certos grupos dos Estados Unidos, que tinham uma lei que incluía a pena de morte se fosse deportado para esse país", assegurou.
Para o ex-presidente equatoriano, por estas razões seu país decidiu dar asilo a Assange, embora tenha esclarecido que seu governo "não justifica o que tenha feito".
"Não estava garantido o devido processo, então com a Suécia foram derrubadas todas as acusações, e agora, por uma falta menor que violou sua liberdade condicional, a Grã-Bretanha então diz que se ele sair da embaixada, será levado preso. Isto realmente é atentar contra os direitos humanos", alegou.
O Equador, que outorgou asilo a Assange em 2012, pediu às autoridades britânicas que estendam um salvoconduto a ele para que possa deixar Londres e gozar do status conferido pelo governo equatoriano.
Nesse contexto, a chanceler equatoriana, María Fernanda Espinosa, disse que seu país "teve contatos diplomáticos" e até uma reunião com a embaixadora do Reino Unido em Quito, Catherine Ward, para abordar o tema.
"É uma das grandes ignomínias, injustiças e abusos da história recente. Se nós tivéssemos feito um décimo do que a Suécia fez, ou do que a Grã-Bretanha está fazendo, já estaríamos no Tribunal Penal de Haia e seríamos denunciados em todas as partes, mas como são eles, não acontece absolutamente nada", opinou.
Correa apontou que seu governo "nunca quis" impedir o avanço da Justiça sueca em relação à acusação de suposta violação que mantinha há sete anos contra o australiano e que era o motivo para que o Reino Unido tentasse detê-lo e enviá-lo às autoridades em Estocolmo.
"O que sempre quisemos, no nosso direito soberano, é garantir o devido processo", porque Julian Assange "estava ameaçado até de morte por certos grupos dos Estados Unidos, que tinham uma lei que incluía a pena de morte se fosse deportado para esse país", assegurou.
Para o ex-presidente equatoriano, por estas razões seu país decidiu dar asilo a Assange, embora tenha esclarecido que seu governo "não justifica o que tenha feito".
"Não estava garantido o devido processo, então com a Suécia foram derrubadas todas as acusações, e agora, por uma falta menor que violou sua liberdade condicional, a Grã-Bretanha então diz que se ele sair da embaixada, será levado preso. Isto realmente é atentar contra os direitos humanos", alegou.
O Equador, que outorgou asilo a Assange em 2012, pediu às autoridades britânicas que estendam um salvoconduto a ele para que possa deixar Londres e gozar do status conferido pelo governo equatoriano.
Nesse contexto, a chanceler equatoriana, María Fernanda Espinosa, disse que seu país "teve contatos diplomáticos" e até uma reunião com a embaixadora do Reino Unido em Quito, Catherine Ward, para abordar o tema.
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