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Enfermeira que matou idosos é condenada a 8 penas de prisão perpétua

26.jun.2017 - Elizabeth Wettlaufer é levada para tribunal em Woodstock, Ontário (Canadá) - Dave Chidley/The Canadian Press via AP
26.jun.2017 - Elizabeth Wettlaufer é levada para tribunal em Woodstock, Ontário (Canadá) Imagem: Dave Chidley/The Canadian Press via AP

Em Toronto

26/06/2017 19h01

Elizabeth Wettlaufer, uma enfermeira canadense que admitiu ter matado oito idosos que estavam sob seus cuidados, foi condenada nesta segunda-feira (26) a oito penas de prisão perpétua consecutivas por um tribunal do Canadá.

Wettlaufer também foi condenada a dez anos de prisão por cada uma das quatro tentativas de assassinato e sete anos de prisão por cada um dos dois casos de assalto com agravantes que confessou.

De acordo com as leis canadenses, Wettlaufer, de 50 anos, não poderá solicitar liberdade provisória durante 25 anos.

O juiz do Tribunal Superior de Ontário, Bruce Thomas, disse hoje ao ditar sua sentença na localidade de Woodstock, 150 quilômetros ao sudoeste de Toronto, que Wettlaufer foi "a sombra da morte passando sobre eles (as vítimas) no turno de noite que supervisionava".

No início de junho deste ano, Wettlaufer se declarou culpada de causar a morte de oito idosos, de entre 75 e 96 anos de idade, injetando-lhes dose mortais de insulina.

Os assassinatos ocorreram entre 2007 e 2014 em três residências de idosos e em um domicílio privado nos quais trabalhou.

Wettlaufer foi detida em outubro de 2016 após confessar suas ações à equipe de um hospital psiquiátrico de Toronto, onde esteve internada para ser tratada de depressão.

A própria equipe do hospital advertiu à polícia da confissão da enfermeira, que foi detida pouco depois.

Antes que o juiz Thomas lesse as condenações, Wettlaufer se dirigiu às famílias das vítimas para dizer que lamentava suas ações e o dano que tinha causado.

Além da condenada, 19 familiares das vítimas também leram declarações no tribunal para expressar seus sentimentos.

Também hoje, o governo da província de Ontário, onde Wettlaufer cometeu seus crimes, anunciou a criação de uma comissão de investigação pública para "assegurar que este tipo de tragédia não se repita nunca".