Topo

Trump pede ao mundo "resposta decidida" perante "brutal" regime norte-coreano

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o presidente americano, Donald Trump, se cumprimentam no Rose Garden da Casa Branca - Evan Vucci/AP
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o presidente americano, Donald Trump, se cumprimentam no Rose Garden da Casa Branca Imagem: Evan Vucci/AP

Em Washington

30/06/2017 14h33

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insistiu nesta sexta-feira (30) que a "paciência estratégica" com a Coreia do Norte acabou e destacou a necessidade de uma "resposta decidida" ao brutal "regime norte-coreano", mas não esclareceu se procura aumentar as sanções a Pyongyang.

"Estamos trabalhando de perto com a Coreia do Sul e Japão em uma série de medidas diplomáticas, de segurança e econômicas para proteger nossos aliados e cidadãos dessa ameaça chamada Coreia do Norte", disse Trump à imprensa após se reunir com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

"Os Estados Unidos chamam outros poderes regionais para se reunir a nós na implementação das sanções (já existentes) e para exigir que a Coreia do Norte escolherá um caminho diferente e faça isso rapidamente", disse Trump.

Trump insistiu que o "temerário e brutal regime" norte-coreano e seus programas nucleares e balísticos "merecem uma resposta decidida".

Esse regime "não tem consideração pela segurança do seu povo e de seus moradores e não tem respeito pela vida humana", disse Trump, ao tachar de "aberração" a morte de Otto Warmbier, um jovem americano que foi libertado neste mês em estado de coma após 17 meses detido na Coreia do Norte e que morreu seis dias depois.

"A era de paciência estratégica com o regime norte-coreano fracassou, e francamente, essa paciência se esgotou", disse Trump, recuperando uma frase que já expressou várias vezes.

"O nosso objetivo é a paz, estabilidade e prosperidade para a região, mas os Estados Unidos sempre se defenderão", alertou.

Por sua vez, Moon, um líder progressista que chegou ao poder em maio com uma vontade de aproximação com o Norte, se mostrou firme com Pyongyang, ao considerar que a "ameaça nuclear e balística" é "o maior desafio" para Coreia do Sul e Estados Unidos.

"As ameaças e provocações do Norte darão de frente com uma severa resposta" de Seul e Washington, advertiu Moon.

Moon afirmou que tinha acordado com Trump converter esse tema em uma "alta prioridade" e "coordenar de perto" suas respectivas respostas, mediante uma combinação de "sanções e diálogo em uma estratégia com várias fases".

"A Coreia do Norte não deveria em nenhum momento subestimar o firme compromisso da Coreia do Sul e dos Estados Unidos com isto", sublinhou.

Moon também pediu a Pyongyang que "volte à mesa negociadora para a desnuclearização da península coreana", algo que deveria ser feito "sem concessões".