Trump vira tema de cafeteria em um dos países mais muçulmanos do mundo
Azad Majumder.
Daca, 14 jul (EFE).- Após brigar com as autoridades de Bangladesh para convencê-las de que o presidente dos Estados Unidos não tinha nada a ver com seu negócio, um empresário decidiu usar o nome de Donald Trump para ser o tema de sua cafeteria na capital de um dos países com a maior população muçulmana do mundo.
A loja foi formalmente aberta há mais de dois meses, mas Saiful Islan, o proprietário, afirma que ainda precisa fazer ajustes. Quer preparar tudo para que a inauguração fique à altura de suas expectativas, as de um seguidor declarado do polêmico presidente americano em um país de 160 milhões de pessoas, 90% delas muçulmanas.
"Ainda faltam alguns ajustes. Assim que terminar, vou inaugurá-la em grande estilo. Convidarei a embaixadora americana", disse Saiful à Agência Efe.
Ainda não há muito no interior desta cafeteria de Daca que a transforme em um lugar esteticamente diferente, a não ser uma grande imagem de papelão do presidente americano na porta de entrada para deixar claro que o visitante está entrando em um território de Trump.
Saiful Islan afirma que se inspirou no Bellville Cafe, no Texas, cujo dono decidiu renomeá-lo como Trump Cafe durante a campanha eleitoral americana.
"Eu também estava procurando um nome. Quando escolhi 'Trump Café', meus amigos riram de mim, mas estava decidido a começar meu negócio com o nome de Trump, alguém que considero um grande empresário", explicou Saiful.
Mas não foi fácil. Primeiro, teve que convencer as autoridades administrativas do país de que ele era o verdadeiro dono do negócio.
"Tive que convencê-los de que o presidente Trump não tem interesse direto em Bangladesh. Finalmente, me deram a licença em 17 de janeiro, três dias antes da posse" presidencial, indicou.
Dentro do estabelecimento, decorado com fotos do polêmico empresário americano nas janelas e na porta da cozinha, o freguês pode experimentar o "coquetel Trump", feito de xarope de morango, refrigerante, suco de limão e gelo.
Para comer, a pedida é o sanduíche "Trump Subway", que vem com frango, repolho roxo, cenoura, pepino e quatro tipos de maionese.
Como opção para os vegetarianos, o cardápio tem a "salada Trump" e também o "Chopsuey Trump". Além disso, há outra opção de "coquetel Trump", de maçã verde, sem álcool e cuja receita Saiful conta que conseguiu com um tio que trabalhou em um restaurante de Nova York cujo dono é o presidente americano.
Com todas estas opções, Saiful espera convencer seus clientes de que Trump não é uma pessoa ruim nem antimuçulmano.
"A proibição de viagem é para cidadãos de países problemáticos e não acredito que afete os bengalis", disse o empresário, que não acredita que terá problemas com seus detratores porque Trump "não fez nenhum movimento antimuçulmano" desde que chegou à presidência.
"Sua primeira viagem foi a um país muçulmano, as pessoas agora entendem que não é um cara mau", disse.
Os clientes parecem aprovar o ambiente da cafeteria. É o caso de Priyanka Nandi, que visitou o café pela primeira vez e disse que está "entusiasmada" em ter Trump "por toda parte".
Já Fariah Jahan, inclusive, fez uma 'selfie' com o cartaz de Trump na entrada.
"Não é só Trump; o preço da comida é razoável", explica.
Saiful diz que já está dando 10% de desconto a estudantes, e pretende lançar um clube de clientes do local para que possam aproveitar novas ofertas.
Uma vantagem que todos os visitantes já têm é a do acesso à rede wi-fi "trumpcafe", que pode ser acessada com a senha "ivankatrump". EFE
am-jlp/cs/lvl
(fotos) (vídeo)
Daca, 14 jul (EFE).- Após brigar com as autoridades de Bangladesh para convencê-las de que o presidente dos Estados Unidos não tinha nada a ver com seu negócio, um empresário decidiu usar o nome de Donald Trump para ser o tema de sua cafeteria na capital de um dos países com a maior população muçulmana do mundo.
A loja foi formalmente aberta há mais de dois meses, mas Saiful Islan, o proprietário, afirma que ainda precisa fazer ajustes. Quer preparar tudo para que a inauguração fique à altura de suas expectativas, as de um seguidor declarado do polêmico presidente americano em um país de 160 milhões de pessoas, 90% delas muçulmanas.
"Ainda faltam alguns ajustes. Assim que terminar, vou inaugurá-la em grande estilo. Convidarei a embaixadora americana", disse Saiful à Agência Efe.
Ainda não há muito no interior desta cafeteria de Daca que a transforme em um lugar esteticamente diferente, a não ser uma grande imagem de papelão do presidente americano na porta de entrada para deixar claro que o visitante está entrando em um território de Trump.
Saiful Islan afirma que se inspirou no Bellville Cafe, no Texas, cujo dono decidiu renomeá-lo como Trump Cafe durante a campanha eleitoral americana.
"Eu também estava procurando um nome. Quando escolhi 'Trump Café', meus amigos riram de mim, mas estava decidido a começar meu negócio com o nome de Trump, alguém que considero um grande empresário", explicou Saiful.
Mas não foi fácil. Primeiro, teve que convencer as autoridades administrativas do país de que ele era o verdadeiro dono do negócio.
"Tive que convencê-los de que o presidente Trump não tem interesse direto em Bangladesh. Finalmente, me deram a licença em 17 de janeiro, três dias antes da posse" presidencial, indicou.
Dentro do estabelecimento, decorado com fotos do polêmico empresário americano nas janelas e na porta da cozinha, o freguês pode experimentar o "coquetel Trump", feito de xarope de morango, refrigerante, suco de limão e gelo.
Para comer, a pedida é o sanduíche "Trump Subway", que vem com frango, repolho roxo, cenoura, pepino e quatro tipos de maionese.
Como opção para os vegetarianos, o cardápio tem a "salada Trump" e também o "Chopsuey Trump". Além disso, há outra opção de "coquetel Trump", de maçã verde, sem álcool e cuja receita Saiful conta que conseguiu com um tio que trabalhou em um restaurante de Nova York cujo dono é o presidente americano.
Com todas estas opções, Saiful espera convencer seus clientes de que Trump não é uma pessoa ruim nem antimuçulmano.
"A proibição de viagem é para cidadãos de países problemáticos e não acredito que afete os bengalis", disse o empresário, que não acredita que terá problemas com seus detratores porque Trump "não fez nenhum movimento antimuçulmano" desde que chegou à presidência.
"Sua primeira viagem foi a um país muçulmano, as pessoas agora entendem que não é um cara mau", disse.
Os clientes parecem aprovar o ambiente da cafeteria. É o caso de Priyanka Nandi, que visitou o café pela primeira vez e disse que está "entusiasmada" em ter Trump "por toda parte".
Já Fariah Jahan, inclusive, fez uma 'selfie' com o cartaz de Trump na entrada.
"Não é só Trump; o preço da comida é razoável", explica.
Saiful diz que já está dando 10% de desconto a estudantes, e pretende lançar um clube de clientes do local para que possam aproveitar novas ofertas.
Uma vantagem que todos os visitantes já têm é a do acesso à rede wi-fi "trumpcafe", que pode ser acessada com a senha "ivankatrump". EFE
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