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Ex-empreiteiro do Pentágono pega prisão pertétua por abuso de menores

22/07/2017 14h36

Miami (EUA), 22 jul (EFE).- Um homem que trabalhou como empreiteiro para o Pentágono foi condenado a prisão perpétua por tráfico e abuso de menores, meninas com as quais entrou em contato enquanto esteve em uma base dos Estados Unidos em Honduras, informou a imprensa americana neste sábado.

Em audiência realizada nesta sexta-feira em Miami, o juiz federal Robert N. Scola Jr. impôs a pena a Christopher Rennie Glenn, de 37 anos, que em março passado foi considerado culpado por diversos crimes que vão desde exploração sexual e abuso de menores a posse de pornografia infantil.

Glenn, que pediu para depor em espanhol no julgamento, ainda que tenha o inglês como língua materna, tentou se defender, mas depois desistiu. O ex-empreiteiro cumpre atualmente uma pena de 10 anos de prisão por roubo de segredos militares e de inteligência, segundo o site "Mypalmbeachpost.com" de West Palm Beach, localidade onde residia quando foi detido em 2014.

Neste segundo julgamento, a promotoria o acusou de ter aproveitado o tempo em que trabalhou como administrador dos sistemas de informática da base aérea de Soto Cano, em Honduras, para enganar famílias de meninas e adolescentes de comunidades rurais humildes oferecendo a elas empregos como domésticas ou as pedindo em casamento.

Depois, ele as abusava e explorava sexualmente, segundo a acusação. Algumas das vítimas declararam no julgamento que recebiam pílulas que as faziam dormir ou ficavam sedadas.

Em 2015, Glenn se declarou culpado por roubar documentos secretos do Departamento de Defesa na mesma base em Honduras e foi condenado a 10 anos de prisão.

Anteriormente, Glenn trabalhou no Iraque como empreiteiro para o Pentágono e foi acusado de hackear a base de dados, mas não recebeu acusações, segundo a imprensa americana.