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Jordaniano morre em tiroteio no interior da Embaixada de Israel em Amã

23/07/2017 19h07

(Atualiza com comunicado da polícia)

Amã, 23 jul (EFE).- Um jovem jordaniano morreu neste domingo após um tiroteio no interior da Embaixada de Israel na capital da Jordânia, Amã, enquanto um israelense sofreu ferimentos de arma branca e outro jordaniano também ficou lesionado.

Segundo um breve comunicado da Direção de Segurança Pública, "as primeiras investigações indicam que os dois jordanianos entraram na embaixada para realizar um trabalho como carpinteiros".

O jordaniano, de 17 anos de idade, morreu no hospital devido aos ferimentos de bala causados pelo israelense, que supostamente efetuou os disparos dentro da sede diplomática em circunstâncias ainda não esclarecidas.

O israelense permanece hospitalizado com ferimentos de arma branca, segundo as fontes, que não detalharam quem o esfaqueou. Uma briga foi iniciada no interior da embaixada israelense, mas o motivo e as origens se desconhecem, assim como a identidade dos envolvidos.

As autoridades não ofereceram mais detalhes sobre o sucedido e se limitaram a declarar que uma investigação foi aberta para apurar o caso. Enquanto isso, as forças de segurança jordanianas se encontram mobilizadas ao redor da embaixada.

O incidente ocorre em um momento de tensão entre israelenses e palestinos em torno da Esplanada das Mesquitas, após o governo israelense ter instalado câmeras de segurança e detectores de metal nos acessos ao recinto sagrado muçulmano.

As medidas de segurança geraram uma onda de violência, que deixou quatro palestinos mortos em confrontos com as forças de segurança em Jerusalém Oriental e Cisjordânia, além de três israelenses da mesma família assassinados na própria casa por um palestino em uma colônia israelense em território ocupado.

A Liga Árabe convocou neste domingo uma reunião urgente a nível de ministros de Relações Exteriores para o dia 27 de julho para abordar o aumento de violência. A Jordânia, que tem a custódia dos lugares sagrados de Jerusalém Oriental, denunciou a atuação das autoridades israelenses.