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Banqueiro russo se reuniu com genro de Trump por conta própria, diz Kremlin

25/07/2017 15h25

Moscou, 25 jul (EFE).- A Rússia negou nesta terça-feira ter ordenado ao diretor-geral do banco estatal VEB, Sergei Gorkov, para que se reunisse em dezembro do ano passado com Jared Kushner, genro e assessor do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, reconheceu que o executivo visitou os Estados Unidos em 2016 para participar de reuniões e fazer contatos, mas alegou que "esses contatos não exigiam a autorização do Kremlin e, certamente, não foram feitos por ordem do Kremlin".

"É uma prática absolutamente normal que dirigentes de grandes bancos façam viagens a trabalho ao exterior e negociações", ressaltou Peskov.

Kushner é investigado pelo FBI e o Congresso dos EUA pelos seus contatos com o Kremlin durante a campanha eleitoral e o período de transição, ao qual corresponde a reunião com Gorkov.

O genro de Trump, pessoa de maior influência no entorno do presidente dos que são investigados na chamada "trama russa", compareceu ontem ao Comitê de Inteligência do Senado para tentar limpar seu nome.

Em abril de 2016, em plena campanha eleitoral, e também em 1º de dezembro do mesmo ano, quando Trump já tinha ganhado as eleições, Kushner se reuniu com o polêmico embaixador russo em Washington Sergei Kislyak, que acaba de deixar o cargo para voltar a Moscou.

Segundo o genro de Trump, Kislyak lhe pediu para se encontrar com Gorkov, a quem descreveu como "alguém com uma linha direta" com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e que lidera um banco nacional russo sancionado pelos Estados Unidos.

O assessor do presidente explicou que se reuniu com Gorkov em 13 de dezembro, e os dois conversaram sobre as relações entre os dois países, mas não sobre sanções ou os negócios privados de Kushner. EFE

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